sexta-feira, 27 de junho de 2014

Conceitos éticos no Jornalismo

A melhor preparação para a função jornalística será certamente jogada ao lixo se não for acompanhada de rigorosa honestidade no trabalho jornalístico.” – Clóvis Rossi
O respeito à verdade e ao direito do público à verdade é a primeira obrigação do jornalista segundo o Código de Ética da FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas). A ética atualmente é à base do trabalho jornalístico, mas não foi sempre assim. Preocupação com os códigos éticos no trabalho jornalístico começaram a existir no fim do século XIX. Mas se tornou um fenômeno no século XX.
No período anterior da existência dos códigos éticos, os primeiros livros de ensino de Jornalismo, nos Estados Unidos, aconselhavam os estudantes a improvisarem sobre os fatos, para oferecerem aos leitores histórias mais “coloridas”. Havia a prática de publicidade clandestina e o sensacionalismo fazia parte do dia-a-dia dos jornais.
Hoje a existência de princípios morais na profissão como a imparcialidade, rigor, a exatidão e a noção de eqüidistância consagrada como objetividade, são meios de controle para que o profissional tenha a conduta desejável e esperada, evitando a ocorrência de veiculação de noticias com caráter ético duvidoso ou contestável.
A objetividade é o um dos conceitos que mais fomenta discussões, pois prega que o texto jornalístico deve ser orientado por informações objetivas descrevendo apenas os fatos e não impressões ou comentários que demonstrem a opinião do individuo que o escreveu. Muitos críticos e profissionais se referem a esse principio com um “mito”, pois quando o jornalista define o que é ou não noticia, ele já impôs sua opinião e seu ponto de vista.
É claro que antes de tudo o jornalista é um ser humano e como disse o jornalista Ricardo Noblat “Ninguém é imparcial, porque você é obrigado a fazer escolhas a todo instante e ao fazer toma partido”. Porém o jornalista deve procurar ser objetivo e imparcial o máximo que puder. O Jornalismo está constantemente engajado na luta pela liberdade e contra qualquer tentativa de limitar essa liberdade. Ele é responsável por interceder pela opinião publica, fiscalizando os relacionamentos do poderes públicos e privados garantindo a transparência de suas relações para o exercício da democracia.
Mediante a isto, é necessário que o jornalista tenha consciência da importância de seu papel e que ele procure ser o mais objetivo possível em seu trabalho. É preciso que antes da publicação de qualquer matéria o jornalista faça a apuração da noticia, checando todos os lados da situação sem favorecer ninguém. Ele também deve apresentar provas auxiliares que confirmem a informação e procurar estruturar a informação numa sequência apropriada para a compreensão dos fatos.

Evitando assim, oferecer ao público um recorte embasado de informações focalizando certos aspectos e deturpando outros. Oferecendo dados parciais incompletos ou tendenciosos.


Karina Costa

Nenhum comentário:

Postar um comentário