A necessidade de obtenção de
informações com rapidez de lugares distantes levou a criação das agências de
noticias. Elas são empresas jornalísticas especializadas em fornecer noticias para
os veículos de comunicação, de diversos lugares do mundo para que eles possam
divulgar as informações que lhe interessem ao seu público.
Antes da criação das agências de
noticias, os correios eram responsáveis pela divulgação de noticias. Eles
ganhavam taxas para isso e também havia o frete dos barcos que eram responsáveis
por esperar os navios que traziam noticias de várias partes do mundo. Este
esquema existiu até a criação da Havas. A agência francesa utilizava pombos
correios e telégrafos para a distribuição de informações para os jornais.
A Guerra Civil Americana,
contribuiu para a criação da Associated Press, uma das maiores agências de
noticias, da atualidade além de influenciar a criação de outras empresas
jornalísticas. Durante a guerra, as agências sentiram a necessidade de
conseguir furos jornalísticos estrangeiros, para isto passaram a depender de
jornalistas amadores. Eles eram soldados pagos que não transmitiam a informação
direito.
As guerras também contribuíram
para outras inovações no meio jornalístico. Através de tais acontecimentos,
novas necessidades surgiram para a obtenção de conhecimento dos fatos que
ocorriam durantes as batalhas.
Na guerra da Criméia, houve o
primeiro correspondente de guerra William, jornalista da The Times. Ele soube
atender as necessidades dos jornais que os soldados antes pagos pelas agências
noticiosas não souberam atender. William mostrou as péssimas condições da
guerra e o parlamento foi derrubado.
Com a guerra da Secessão
Americana, foi à primeira guerra a ser coberta pela imprensa mundial, o que auxiliou
no desenvolvimento para cobertura outros conflitos e eventos importantes.
A Hispano Americana foi uma
guerra onde houve um grande sensacionalismo por parte da imprensa americana.
Hearst, o proprietário da Hearst Corporation, publicava relatos exagerados e
inverdades como a violação de mulheres por soldados entre outros para disputar
leitores com seu concorrente Pulitzer, que publicou o caso de uma jovem rebelde
que teria tido um relacionamento com um oficial. O Caso foi um escândalo e Cuba
foi invadida por jornalistas.
Já a Primeira Guerra Mundial foi
censurada. Os militares passavam as informações aos jornais que são alimentados
com a propaganda bélica e noticias falsas. Mas na Alemanha a imprensa era livre
o que resultou em problemas para o governo. Com a Segunda Guerra Mundial, a
propaganda do Goebbels, o braço direito de Hiltler trouxe a censura, e a
nacionalização da agência de noticias Wolf. Há a volta dos soldados jornalista
e o chamado “conflito multimídia” entre jornal, rádio e cinema.
A guerra do Vietnã possibilitou
uma divulgação diferente, pois foi à primeira guerra televisiva.
Os jornais
apoiaram o conflito justo até 1967, quando foi visto a evidencia de sofrimento e
morte.
Durante a guerra do Golfo, a
cobertura dos fatos era divulgada em tempo real, o que levou a ascensão da CNN
24hrs. A cobertura começou em agosto de 1990 e vários jornalistas foram
acusados de apoiarem o Iraque pela divulgação fiel dos fatos, um deles Peter
Arnett, foi expulso de Bagdá e teve que ir para a Jordânia, para cobrir a
guerra. Houve a chamada “mordaça no deserto” que era a censura que atingiu os
jornalistas.
Os desafios e as necessidades que
surgiram no acontecimento dos conflitos influenciaram no trabalho jornalístico em
geral. Como a ampliação da participação da imprensa para cobertura de grandes
eventos e a criação do correspondente que valorizou o trabalho do repórter.
Porém, o Jornalismo é uma área que sempre vem se desenvolvendo e inovando suas
técnicas e formas de trabalho. É necessário que o jornalista, esteja sempre
apto para utilizar da melhor forma possível as técnicas existentes e das que
podem surgir para a produção de seu trabalho.
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