quarta-feira, 18 de junho de 2014

Desenvolvimento do Jornalismo através das agências de noticias e das guerras.

A necessidade de obtenção de informações com rapidez de lugares distantes levou a criação das agências de noticias. Elas são empresas jornalísticas especializadas em fornecer noticias para os veículos de comunicação, de diversos lugares do mundo para que eles possam divulgar as informações que lhe interessem ao seu público.
Antes da criação das agências de noticias, os correios eram responsáveis pela divulgação de noticias. Eles ganhavam taxas para isso e também havia o frete dos barcos que eram responsáveis por esperar os navios que traziam noticias de várias partes do mundo. Este esquema existiu até a criação da Havas. A agência francesa utilizava pombos correios e telégrafos para a distribuição de informações para os jornais. 
A Guerra Civil Americana, contribuiu para a criação da Associated Press, uma das maiores agências de noticias, da atualidade além de influenciar a criação de outras empresas jornalísticas. Durante a guerra, as agências sentiram a necessidade de conseguir furos jornalísticos estrangeiros, para isto passaram a depender de jornalistas amadores. Eles eram soldados pagos que não transmitiam a informação direito.
As guerras também contribuíram para outras inovações no meio jornalístico. Através de tais acontecimentos, novas necessidades surgiram para a obtenção de conhecimento dos fatos que ocorriam durantes as batalhas.
Na guerra da Criméia, houve o primeiro correspondente de guerra William, jornalista da The Times. Ele soube atender as necessidades dos jornais que os soldados antes pagos pelas agências noticiosas não souberam atender. William mostrou as péssimas condições da guerra e o parlamento foi derrubado.
Com a guerra da Secessão Americana, foi à primeira guerra a ser coberta pela imprensa mundial, o que auxiliou no desenvolvimento para cobertura outros conflitos e eventos importantes.
A Hispano Americana foi uma guerra onde houve um grande sensacionalismo por parte da imprensa americana. Hearst, o proprietário da Hearst Corporation, publicava relatos exagerados e inverdades como a violação de mulheres por soldados entre outros para disputar leitores com seu concorrente Pulitzer, que publicou o caso de uma jovem rebelde que teria tido um relacionamento com um oficial. O Caso foi um escândalo e Cuba foi invadida por jornalistas.
Já a Primeira Guerra Mundial foi censurada. Os militares passavam as informações aos jornais que são alimentados com a propaganda bélica e noticias falsas. Mas na Alemanha a imprensa era livre o que resultou em problemas para o governo. Com a Segunda Guerra Mundial, a propaganda do Goebbels, o braço direito de Hiltler trouxe a censura, e a nacionalização da agência de noticias Wolf. Há a volta dos soldados jornalista e o chamado “conflito multimídia” entre jornal, rádio e cinema.  
A guerra do Vietnã possibilitou uma divulgação diferente, pois foi à primeira guerra televisiva.
Os jornais apoiaram o conflito justo até 1967, quando foi visto a evidencia de sofrimento e morte.
Durante a guerra do Golfo, a cobertura dos fatos era divulgada em tempo real, o que levou a ascensão da CNN 24hrs. A cobertura começou em agosto de 1990 e vários jornalistas foram acusados de apoiarem o Iraque pela divulgação fiel dos fatos, um deles Peter Arnett, foi expulso de Bagdá e teve que ir para a Jordânia, para cobrir a guerra. Houve a chamada “mordaça no deserto” que era a censura que atingiu os jornalistas.

Os desafios e as necessidades que surgiram no acontecimento dos conflitos influenciaram no trabalho jornalístico em geral. Como a ampliação da participação da imprensa para cobertura de grandes eventos e a criação do correspondente que valorizou o trabalho do repórter. Porém, o Jornalismo é uma área que sempre vem se desenvolvendo e inovando suas técnicas e formas de trabalho. É necessário que o jornalista, esteja sempre apto para utilizar da melhor forma possível as técnicas existentes e das que podem surgir para a produção de seu trabalho. 


Karina Costa

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