“A melhor preparação para a função jornalística
será certamente jogada ao lixo se não for acompanhada de rigorosa honestidade no trabalho jornalístico.” – Clóvis Rossi
O respeito à verdade e ao direito do público à
verdade é a primeira obrigação do jornalista segundo o Código de Ética da FENAJ
(Federação Nacional dos Jornalistas). A ética atualmente é à base do trabalho
jornalístico, mas não foi sempre assim. Preocupação com os códigos éticos no
trabalho jornalístico começaram a existir no fim do século XIX. Mas se tornou
um fenômeno no século XX.
No período anterior da existência dos códigos
éticos, os primeiros livros de ensino de Jornalismo, nos Estados Unidos,
aconselhavam os estudantes a improvisarem sobre os fatos, para oferecerem aos
leitores histórias mais “coloridas”. Havia a prática de publicidade clandestina
e o sensacionalismo fazia parte do dia-a-dia dos jornais.
Hoje a existência de princípios morais na
profissão como a imparcialidade, rigor, a exatidão e a noção de eqüidistância
consagrada como objetividade, são meios de controle para que o profissional
tenha a conduta desejável e esperada, evitando a ocorrência de veiculação de
noticias com caráter ético duvidoso ou contestável.
A objetividade é o um dos conceitos que mais
fomenta discussões, pois prega que o texto jornalístico deve ser orientado por
informações objetivas descrevendo apenas os fatos e não impressões ou
comentários que demonstrem a opinião do individuo que o escreveu. Muitos
críticos e profissionais se referem a esse principio com um “mito”, pois quando
o jornalista define o que é ou não noticia, ele já impôs sua opinião e seu
ponto de vista.
É claro que antes de tudo o jornalista é um ser
humano e como disse o jornalista Ricardo Noblat “Ninguém é imparcial, porque
você é obrigado a fazer escolhas a todo instante e ao fazer toma partido”. Porém
o jornalista deve procurar ser objetivo e imparcial o máximo que puder. O
Jornalismo está constantemente engajado na luta pela liberdade e contra
qualquer tentativa de limitar essa liberdade. Ele é responsável por interceder
pela opinião publica, fiscalizando os relacionamentos do poderes públicos e
privados garantindo a transparência de suas relações para o exercício da
democracia.
Mediante a isto, é necessário que o jornalista
tenha consciência da importância de seu papel e que ele procure ser o mais
objetivo possível em seu trabalho. É preciso que antes da publicação de qualquer
matéria o jornalista faça a apuração da noticia, checando todos os lados da
situação sem favorecer ninguém. Ele também deve apresentar provas auxiliares
que confirmem a informação e procurar estruturar a informação numa sequência
apropriada para a compreensão dos fatos.
Evitando assim, oferecer ao público um recorte
embasado de informações focalizando certos aspectos e deturpando outros. Oferecendo
dados parciais incompletos ou tendenciosos.