sexta-feira, 27 de junho de 2014

Conceitos éticos no Jornalismo

A melhor preparação para a função jornalística será certamente jogada ao lixo se não for acompanhada de rigorosa honestidade no trabalho jornalístico.” – Clóvis Rossi
O respeito à verdade e ao direito do público à verdade é a primeira obrigação do jornalista segundo o Código de Ética da FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas). A ética atualmente é à base do trabalho jornalístico, mas não foi sempre assim. Preocupação com os códigos éticos no trabalho jornalístico começaram a existir no fim do século XIX. Mas se tornou um fenômeno no século XX.
No período anterior da existência dos códigos éticos, os primeiros livros de ensino de Jornalismo, nos Estados Unidos, aconselhavam os estudantes a improvisarem sobre os fatos, para oferecerem aos leitores histórias mais “coloridas”. Havia a prática de publicidade clandestina e o sensacionalismo fazia parte do dia-a-dia dos jornais.
Hoje a existência de princípios morais na profissão como a imparcialidade, rigor, a exatidão e a noção de eqüidistância consagrada como objetividade, são meios de controle para que o profissional tenha a conduta desejável e esperada, evitando a ocorrência de veiculação de noticias com caráter ético duvidoso ou contestável.
A objetividade é o um dos conceitos que mais fomenta discussões, pois prega que o texto jornalístico deve ser orientado por informações objetivas descrevendo apenas os fatos e não impressões ou comentários que demonstrem a opinião do individuo que o escreveu. Muitos críticos e profissionais se referem a esse principio com um “mito”, pois quando o jornalista define o que é ou não noticia, ele já impôs sua opinião e seu ponto de vista.
É claro que antes de tudo o jornalista é um ser humano e como disse o jornalista Ricardo Noblat “Ninguém é imparcial, porque você é obrigado a fazer escolhas a todo instante e ao fazer toma partido”. Porém o jornalista deve procurar ser objetivo e imparcial o máximo que puder. O Jornalismo está constantemente engajado na luta pela liberdade e contra qualquer tentativa de limitar essa liberdade. Ele é responsável por interceder pela opinião publica, fiscalizando os relacionamentos do poderes públicos e privados garantindo a transparência de suas relações para o exercício da democracia.
Mediante a isto, é necessário que o jornalista tenha consciência da importância de seu papel e que ele procure ser o mais objetivo possível em seu trabalho. É preciso que antes da publicação de qualquer matéria o jornalista faça a apuração da noticia, checando todos os lados da situação sem favorecer ninguém. Ele também deve apresentar provas auxiliares que confirmem a informação e procurar estruturar a informação numa sequência apropriada para a compreensão dos fatos.

Evitando assim, oferecer ao público um recorte embasado de informações focalizando certos aspectos e deturpando outros. Oferecendo dados parciais incompletos ou tendenciosos.


Karina Costa

quinta-feira, 26 de junho de 2014

JORNALISTA: O PERFIL IDEAL

Qualquer pessoa, antes de entrar em uma graduação deve saber se atende aos requisitos que a área exige, ou seja, precisa ter ciência se tem o perfil ideal para atuar naquela profissão. Pensando nisso, resolvi fazer esse post falando qual seria o perfil ideal de um aspirante a jornalista, baseado no que tenho aprendido na faculdade. Vamos lá!
Desde o primeiro dia de aula, ouvi meus professores falando que um jornalista deve ser curioso. Curiosidade, penso, que seja tudo na vida de um jornalista. Ele deve estar sempre disposto a fazer novas descobertas.
Como um ser curioso, o jornalista deve perguntar sempre, sem vergonha, afinal, só encontramos respostas se perguntamos, isso sem contar que não há como fazer uma matéria se há dúvidas sobre uma informação. Enfim, devemos perguntar até não ter mais dúvidas.
O estudante de Jornalismo precisa também, dominar a língua portuguesa, em fala e escrita. Como um formador de opinião, o jornalista precisa saber se comunicar com o público, e não há como fazer isso sem o domínio de sua língua. Aliás, isso é algo que todas as pessoas deveriam saber.
Você gosta de ler? Se sim, ótimo, se não, precisa começar. Meus professores costumam dizer que jornalista tem que ler sobre tudo e o tempo todo! A leitura é essencial!
Falando em leitura, você gosta de ler jornais? Bom, se quisermos ser jornalistas teremos que ler muitos jornais. Precisamos saber o que está acontecendo a nossa volta. Para ser um bom profissional, é necessário estar sempre bem informado!
Algo importante, é não se prender a um único veículo, é interessante variar. Um dia leia um jornal, no outro, uma revista, compare como cada um apresenta as notícias. Isso é muito importante. E, não sei se acontece com vocês, mas desde que comecei o curso, passei a notar detalhes diferentes nas notícias, algo que não percebia antes, por mais que prestasse atenção!
Para ser um bom profissional, é extremamente importante aprender outros idiomas, inglês principalmente! Para dizer a verdade, deve-se dominar a língua inglesa, afinal, é um idioma mundial!
Além de tudo, um jornalista precisa estar sempre aberto à busca de novos conhecimentos. Ele nunca deve “estacionar”, deve estar sempre se aperfeiçoando, ampliando seu conhecimento, ou seja, estar sempre aprendendo, fazendo cursos, buscando novidades! Muitas vezes aquilo que pensamos não ter tanta importância, pode ser o diferencial em nossa carreira!
Existem muitas coisas que poderia falar aqui, mas iria ficar um post muito longo. Mas, e aí, vocês têm esse perfil?


Amanda Oliveira


quarta-feira, 25 de junho de 2014

UMA HISTÓRIA DE AMOR AO JORNALISMO: A REVISTA REALIDADE!


A Realidade foi uma revista lançada em 1966, no começo era encartada (JB E Estadão), depois foi para a Editora Abril.
Ficou muito famosa por mostrar o "outro lado" da realidade brasileira, fazia grandes matérias sobre diversos assuntos polêmicos: como liberação sexual, drogas e política. Tinha textos longos e abusava nas fotografias.


A revista trabalhava muito com a emoção: investia-se no jornalista para que ele conseguisse transmitir nas reportagens um sentimento real do tema, permitindo que o repórter 'vivesse' a matéria por um mês ou mais, até a publicação. Eram feitas grandes reportagens sobre o tema escolhido. A revista já chegou, em seu auge, aos 500 mil exemplares vendidos.

Devido o seu caráter sensacionalista e polêmico, a Realidade sofreu uma censura muito forte. As matérias começaram a perder o "tom de denúncia", até que chegou ao fim em 1976. Apesar do seu curto período de existência, a Revista Realidade é considerada um divisor de águas na imprensa brasileira.

Ah, só um detalhe para você que se interessou em conhecer mais sobre a Realidade: foi feito um livro sobre a história da revista, e é cheio de detalhes interessantes. O livro, escrito por Mylton Severiano, tem até um "diário de bordo" sobre os 16 primeiros números lançados. Não deixem de ler: "A História da Revista que Virou Lenda"



 


Luna Oliva

segunda-feira, 23 de junho de 2014

INDICAÇÃO DA SEMANA: O QUE É JORNALISMO

O livro “O que é Jornalismo” de *Clóvis Rossi é muito interessante, pois trata de questões e aspectos importantíssimos do trabalho do jornalista; tudo isso de forma clara, simples e objetiva. Nele é possível se ter uma dimensão dos desafios e responsabilidades enfrentados no dia-a-dia da profissão.
Ao iniciar a introdução do livro, Rossi afirma que: “Jornalismo, independente de qualquer definição acadêmica, é uma fascinante batalha pela conquista das mentes e corações de seus alvos: leitores, telespectadores ou ouvintes. Uma batalha geralmente sutil e que usa uma arma de aparência extremamente inofensiva: a palavra, acrescida, no caso da televisão, de imagens.”. Essa definição resume claramente a função do jornalismo e a forma como ele é praticado, ou seja, que artifícios ele usa para atingir seus alvos e como estes artifícios devem ser utilizados para que se provoque o “efeito” desejado.
O autor no decorrer de seu livro trata de uma série de questões que são de grande interesse aos profissionais do ramo, dentre eles, a objetividade, a pauta, o Lead, os filtros, as fontes, liberdade de imprensa, o preparo que o jornalista deve ter, entre outros.
Resumindo, “O que é Jornalismo” é uma leitura rápida (quando digo ‘rápida’, é rápida mesmo! O livro é bem curtinho!) e que trata de forma prazerosa o conceito de fazer jornalismo, sendo recomendado especialmente por aqueles que pretendem ser jornalistas e que estão iniciando seus estudos. É um livro que não apresenta conceitos e definições engessadas, mas sim, a ideia de alguém muito experiente no assunto.


* Clóvis Rossi é um experiente jornalista brasileiro que atualmente é colunista da Folha de S. Paulo.

Amanda Oliveira

domingo, 22 de junho de 2014

Inovações no Jornalismo Brasileiro na década de 50


A década de 50 no Brasil favoreceu os jornais pelo clima de tolerância e euforia. Eles deram um grande salto para uma nova etapa em sua história. Houve grandes inovações na parte gráfica e técnica. O Diário Carioca, na época foi um dos jornais mais influentes do país e foi responsável pela modernização da imprensa brasileira.
O jornal se inspirou na imprensa norte- americana, adaptando técnicas como o “Lead”, que atenuou o brasileiríssimo “Sublead” criado por Luis Paulista houve também o lançamento do primeiro “Manual de Redação Jornalística” e a criação do “Copidesque”. O “Sublead” é o parágrafo que dá continuidade ao lead, complementando as informações contidas na abertura da matéria. O Manual de redação é um livro, de orientação de como escrever um texto jornalístico, dentro dos padrões do veículo à qual ele pertence. Cada meio de comunicação tem o seu manual, contendo o modo como deve ser escrito na matéria diversos itens como datas, siglas, números e etc. Ele introduz o jornalista aos valores éticos do veículo para que ao ocorra uma descaracterização do interesse jornalístico na produção de uma matéria. Já o “Copidesque” é uma figura quase extinta das redações. Ele é responsável pela revisão dos textos e além de apontar incorreções, modifica os textos para que eles fiquem padronizados, para a publicação.
Através do Diário Carioca, outros jornais também se sentiram impulsionados a implantar mudanças dentro da redação e outros fatores além dos textos começaram ganhar atenção dentro do jornal como, o visual da primeira página e as chamadas para as matérias.

Este período bom para a imprensa com a liberdade de criticas e elogios se prolongou até o golpe militar. Porém as modificações implantadas na década de 50 sobreviveram ao golpe e se fazem presentes na imprensa até os dias de hoje.

Karina Costa

sexta-feira, 20 de junho de 2014

IMPRENSA BRASILEIRA: ANTES TARDE DO QUE NUNCA

Sabe aquela história que diz que brasileiro sempre deixa tudo para a última hora? Muitos dizem que isso é cultural, que vem desde os primórdios de nossa história. Não sei se isso é verdade, mas quando falamos da história da imprensa brasileira, percebemos que, talvez tal afirmação até faça sentido.
Para entender esse post, voltemos ao início de nossa história e sigamos em uma cronologia. Em 22 de abril do ano de 1500 ancora na costa da Bahia a esquadra portuguesa liderada por Pedro Álvares Cabral. O Brasil é descoberto! Em 1530 organiza-se a primeira expedição com objetivos coloniais, comandada por Martim Afonso de Souza, culminando na fundação da Vila de São Vicente, a primeira cidade brasileira.
Paremos de falar um pouco do Brasil, vamos conhecer a situação de países próximos ao nosso neste período. Que tal começar pelo México? O ano é 1539 e uma imprensa começa a surgir. Agora vamos ao Peru. Em 1583 surge sua imprensa; já nos Estados Unidos da América, o ano de nascimento daquela que conforme as palavras de George Orwell, deve “publicar aquilo que alguém não quer que se publique”, é 1650.
Ok, voltemos ao Brasil. Bom, nosso país nesse período passava por momentos turbulentos. Foram vários acontecimentos, desde a invasão holandesa (1630 – 1654) até conflitos, como a Inconfidência Mineira (1789). Em meio a tanta tensão era de se esperar que surgisse alguma coisa que noticiasse todos os acontecimentos! Pois é, até surgiram, mas todas as tentativas foram suprimidas pelo governo português, que, com o objetivo de manter a Colônia sob seu domínio total, a mantinha completamente ignorante, alheia a tudo o que acontecia.
D. Maria I, a rainha louca
A imprensa brasileira só surgiu no ano de 1808, com a chegada da família real portuguesa ao Brasil, que fugia de Napoleão Bonaparte. Existe até uma frase dita por D. Maria, a louca, mãe do rei de Portugal, D. João VI, que, enquanto todos se aprontavam desesperadamente para partir ao Brasil, ela que era a mais calma de todos, inocentemente soltou a seguinte “pérola”: “Não corram tanto, vão pensar que estamos a fugir”.
Depois da chegada da família real, D. João VI tratou de oficializar a imprensa, e, no dia 31 de maio do mesmo ano, mediante um Ato Real, nascia a Imprensa Régia, no Rio de Janeiro.
Portugal, até o momento não permitia imprensa na Colônia. Desse modo, em 10 de setembro, surgia – do ponto de vista oficial, autorizado pelo governo – o primeiro jornal brasileiro, a Gazeta do Rio de Janeiro. Contudo, três meses antes, em 01 de junho, surgia o Correio Braziliense, um periódico feito em Londres, que entrava clandestinamente na Colônia, pois não era autorizado pelos governantes.




E esse foi o início da imprensa brasileira, uma imprensa tardia, que só teve início quando outros países já apresentavam um quadro bem mais “evoluído” no assunto. 

Amanda Oliveira

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Desenvolvimento do Jornalismo através das agências de noticias e das guerras.

A necessidade de obtenção de informações com rapidez de lugares distantes levou a criação das agências de noticias. Elas são empresas jornalísticas especializadas em fornecer noticias para os veículos de comunicação, de diversos lugares do mundo para que eles possam divulgar as informações que lhe interessem ao seu público.
Antes da criação das agências de noticias, os correios eram responsáveis pela divulgação de noticias. Eles ganhavam taxas para isso e também havia o frete dos barcos que eram responsáveis por esperar os navios que traziam noticias de várias partes do mundo. Este esquema existiu até a criação da Havas. A agência francesa utilizava pombos correios e telégrafos para a distribuição de informações para os jornais. 
A Guerra Civil Americana, contribuiu para a criação da Associated Press, uma das maiores agências de noticias, da atualidade além de influenciar a criação de outras empresas jornalísticas. Durante a guerra, as agências sentiram a necessidade de conseguir furos jornalísticos estrangeiros, para isto passaram a depender de jornalistas amadores. Eles eram soldados pagos que não transmitiam a informação direito.
As guerras também contribuíram para outras inovações no meio jornalístico. Através de tais acontecimentos, novas necessidades surgiram para a obtenção de conhecimento dos fatos que ocorriam durantes as batalhas.
Na guerra da Criméia, houve o primeiro correspondente de guerra William, jornalista da The Times. Ele soube atender as necessidades dos jornais que os soldados antes pagos pelas agências noticiosas não souberam atender. William mostrou as péssimas condições da guerra e o parlamento foi derrubado.
Com a guerra da Secessão Americana, foi à primeira guerra a ser coberta pela imprensa mundial, o que auxiliou no desenvolvimento para cobertura outros conflitos e eventos importantes.
A Hispano Americana foi uma guerra onde houve um grande sensacionalismo por parte da imprensa americana. Hearst, o proprietário da Hearst Corporation, publicava relatos exagerados e inverdades como a violação de mulheres por soldados entre outros para disputar leitores com seu concorrente Pulitzer, que publicou o caso de uma jovem rebelde que teria tido um relacionamento com um oficial. O Caso foi um escândalo e Cuba foi invadida por jornalistas.
Já a Primeira Guerra Mundial foi censurada. Os militares passavam as informações aos jornais que são alimentados com a propaganda bélica e noticias falsas. Mas na Alemanha a imprensa era livre o que resultou em problemas para o governo. Com a Segunda Guerra Mundial, a propaganda do Goebbels, o braço direito de Hiltler trouxe a censura, e a nacionalização da agência de noticias Wolf. Há a volta dos soldados jornalista e o chamado “conflito multimídia” entre jornal, rádio e cinema.  
A guerra do Vietnã possibilitou uma divulgação diferente, pois foi à primeira guerra televisiva.
Os jornais apoiaram o conflito justo até 1967, quando foi visto a evidencia de sofrimento e morte.
Durante a guerra do Golfo, a cobertura dos fatos era divulgada em tempo real, o que levou a ascensão da CNN 24hrs. A cobertura começou em agosto de 1990 e vários jornalistas foram acusados de apoiarem o Iraque pela divulgação fiel dos fatos, um deles Peter Arnett, foi expulso de Bagdá e teve que ir para a Jordânia, para cobrir a guerra. Houve a chamada “mordaça no deserto” que era a censura que atingiu os jornalistas.

Os desafios e as necessidades que surgiram no acontecimento dos conflitos influenciaram no trabalho jornalístico em geral. Como a ampliação da participação da imprensa para cobertura de grandes eventos e a criação do correspondente que valorizou o trabalho do repórter. Porém, o Jornalismo é uma área que sempre vem se desenvolvendo e inovando suas técnicas e formas de trabalho. É necessário que o jornalista, esteja sempre apto para utilizar da melhor forma possível as técnicas existentes e das que podem surgir para a produção de seu trabalho. 


Karina Costa

sábado, 14 de junho de 2014

INDICAÇÃO DA SEMANA: INSTANTÂNEOS DA REALIDADE

Esse é um filme muito bacana. É um prato cheio pra quem gosta de fotografia, principalmente, de fotojornalismo!
O documentário “Evandro Teixeira – Instantâneos da Realidade” (2003), dirigido por Paulo Fontenelle apresenta de modo completo a história de vida e trabalho de um dos principais fotojornalistas do Brasil e do mundo, Evandro Teixeira, homem nascido na pequena cidade de Irajuba no interior da Bahia, que desde muito jovem já apreciava a arte de registrar momentos, situações.
O longa-metragem conta toda a história de Teixeira, desde seus primeiros passos na arte da fotografia, até se consagrar como o grande profissional que é.
Participações especiais são marca registrada no filme, que conta com depoimentos de ilustríssimos amigos, colegas de profissão e familiares de Evandro Teixeira.
Ao observar as fotografias de Evandro, tem-se a impressão de que elas falam conosco, transmitem algo, parece até proposital. Mesmo com o passar do tempo, as imagens continuam vivas, transmitindo realidade e sentimento, fazendo com que qualquer um que observá-las sinta como é estar na situação em que foram registradas.
São muitos anos de carreira, com trabalho duro e desafiador, e foi assim que Evandro Teixeira se tornou o profissional renomado que é hoje. Suas marcas mais visíveis são sua paixão pela fotografia, o espírito jovem e a sensibilidade, juntamente com a precisão para registrar qualquer momento e transmitir o que diversas vezes as palavras não conseguem somente por si.

Vale a pena conferir!

Amanda Oliveira

sexta-feira, 13 de junho de 2014

O Uso da Pauta no Jornalismo

A pauta no jornalismo é um meio de informação e de controle. Ela é responsável por designar o trabalho que o repórter, deverá cumprir no dia-a-dia e é necessária para informar os proprietários do jornal e os diretores de redação sobre o que estará sendo publicado no veículo e sobre o andamento dos trabalhos produzidos dentro da redação.
Porém sua existência é algo que ainda fomenta discussões. Existem críticas, favoráveis e desfavoráveis, sobre o modo como ela é produzida e utilizada no jornalismo. A pauta tem três elementos básicos que são: 1) O histórico ou contexto sobre o assunto a ser publicado. 2) Matéria ou o enfoque que o assunto deve conter. 3) As fontes que devem ser ouvidas pelo repórter para apuração e produção da matéria. Há veículos que incluem também o desenvolvimento e a abordagem de como deve ser a matéria e as perguntas que devem ser feitas a fonte de informação.
Diante disto a maioria das criticas feitas são que os elementos presentes na pauta, restringem o trabalho jornalístico, pois limitam até mesmo a aprendizagem e o desenvolvimento de uma prática profissional que poderia ser mais rica, se o repórter tivesse a oportunidade de produzir sua própria pauta ao invés de tê-la produzida pelo editor ou pelo pauteiro.
Por outro lado, há muitos que a vêem como forma de organização dentro da redação. A pauta contém o enfoque que o jornal espera que o repórter desenvolva ao longo do texto, evitando que ele possa incluir sua opinião ou direcionar o assunto para um ângulo que não interesse ao veículo. Além de o pauteiro ou editor selecionar os assuntos o que interessem ao público e ao jornal através da pauta, pois todos os dias, eles são bombardeados com um excesso de informação e é necessário que haja uma filtragem, porque não há como publicar todas as noticias recebidas, pelo jornal. Ela também é importante para orientar os jornalistas que estão no inicio da carreira, e que ainda têm pouca experiência profissional.

O fato é que o jornalista precisa procurar desenvolver seu trabalho da melhor forma possível com a utilização da pauta. Reconhecendo suas vantagens e desvantagens e procurando não limitar seus conhecimentos e aprendizados para seguir cada tópico contido no roteiro. Ele antes de tudo, deve sempre ter o faro apurado para encontrar informações que resultem não apenas na publicação de noticias, mas também em conhecimento, além de procurar dar quando possível sugestão, para criação de novas pautas, possibilitando a inovação dos assuntos contidos no veículo e o alcance de novos públicos.

Karina Costa


terça-feira, 10 de junho de 2014

TEORIA DO AGENDAMENTO

 A MÍDIA TEM TODO O PODER


Para explicar o que é essa Teoria do Agendamento, vou começar esse post com um exemplo.
Sabe quando você está em casa à noite entediado e resolve ligar a televisão? Então, você liga a TV exatamente na hora do Jornal Nacional, aí ouve o William Bonner e a Patrícia Poeta relatando sobre um atentado terrorista que derrubou a Estátua da Liberdade em Nova Iorque. Você fica pasmo, mas resolve mudar de canal e ver o que está passando nas outras emissoras. Você coloca na Record e vê que o Celso Freitas e a Adriana Araújo estão falando sobre o mesmo assunto. Coincidência, não? Dois jornais passando a mesma notícia... Agora chega! Você resolve desligar a televisão e ir dormir, pois o dia seguinte estará cheio de coisas para fazer.
No dia seguinte, você acorda, se arruma e vai para o trabalho. Durante o caminho você percebe que nas bancas de jornal, a maioria dos jornais (pelo menos, os de maior circulação), apresentam na primeira página manchetes do tipo: ATENTADO TERRORISTA DERRUBA SÍMBOLO NORTE-AMERICANO, (não sou muito boa de títulos, mas é essa a ideia.), e logo abaixo, uma enorme fotografia da estátua se desfazendo em mil pedacinhos. Aí você pensa: Essa notícia, de novo?
Chegando ao trabalho, a primeira coisa que seu chefe fala (antes mesmo de dar “Bom dia”), é sobre a queda da Estátua da Liberdade. No decorrer do dia, todos os seus colegas estão comentando sobre o assunto. Em casa, sua família também não para de falar sobre o ataque terrorista.
O ataque que derrubou a Estátua da Liberdade se tornou o assunto da semana! Você observa que a Veja, Isto é, ou outras revistas, fizeram super-reportagens sobre o ocorrido; assim como o Fantástico, Domingo Espetacular, enfim, em todos os veículos de comunicação foi noticiado, com grandiosidade de detalhes sobre o atentado.
UFA.... Perdi o fôlego....

Bom, isso é a Teoria do Agendamento, ou Teoria da Agenda Setting. A mídia determina quais assuntos pautados terão maior evidência, fazendo com que, consequentemente, a população comente sobre tais assuntos.
A origem dessa teoria é atribuída a Walter Lippman, em 1922, em seu livro Public Opinion, onde afirma que a opinião pública é formada com base em um pseudoambiente criado pela mídia, ou seja, os veículos de comunicação atuam indiretamente, criando estereótipos em nosso subconsciente, de forma a manipular e direcionar a opinião pública.
Baseados neste raciocínio, em 1970, os pesquisadores Maxwell McCombs e Donald Shaw, apresentaram um estudo sobre influência (usei essa palavra porque não encontrei outra que descrevesse melhor meu pensamento, mas não é exatamente “influência” que quero dizer.) dos meios de comunicação na sociedade, resultando na Teoria do Agendamento.
Basicamente, o agendamento direciona nossa atenção à determinados assuntos, premeditadamente pautados pela mídia, formando assim, a opinião pública. É como se fosse um filtro, que seleciona o que os meios de comunicação consideram ou não de “interesse público”.


NOTA: O exemplo apresentado nesse post é uma invenção minha.

Amanda Oliveira


domingo, 8 de junho de 2014

Os murais em 3D de Eric Grohe

Eric Grohe, é um artista americano, que usa uma técnica conhecida como Trompe l’oeil, para a criação de murais em três dimensões e que confundem  e também encantam as pessoas quando vêem seu trabalho pela primeira vez.
Grohe transforma paredes lisas e comuns em verdadeiras obras de arte e que causam efeitos de ilusão de ótica. Ele usa uma tinta mineral especial, que possibilita a duração de até um século a seus murais.
Ele começou a carreira profissional como designer gráfico e ilustrado em Seattle em 1961. Trabalhou com a Universidade de Cambridge, em arqueologia, ilustrando escavações na França, Grécia, Israel e Inglaterra.
Cada um dos murais feitos pelo artista necessita de um ano ou mais para serem completados, já que ele conta com ajuda de apenas dois assistentes.  Um fato interessante é que eles utilizam o Google Earth para conferir se as sombras dos murais ficaram realistas.
O americano também foi uma das grandes influências para o trabalho do artista brasileiro Eduardo Kobra, além de ser possível perceber características semelhantes no trabalho de ambos em relação à riqueza dos detalhes em seus murais.


Projeto 55 Diamond Court em Massillon, Ohio antes do inicio da produção da obra!
Projeto 55 Diamound Court após a finalização da obra!




Karina Costa

sábado, 7 de junho de 2014

A importância das fontes para produção e publicação das noticias

É fundamental a necessidade da sociedade se manifestar e para que isso ocorra existem agentes, que fornecem informações e que servem de matéria-prima para os jornais na produção e publicação das noticias. Estes agentes são caracterizados no jornalismo como fontes.
As fontes de informação são qualquer tipo de pessoa ou entidade com aptidão para produzir, fatos ou serviços que sirvam de influência para a sociedade. Elas são de total responsabilidade e propriedade do jornalista. Cabe a ele com habilidade, paciência e compreensão criar um clima de confiança para que possa através da fonte, conseguir material de qualidade para a produção da matéria.
Para a escolha de uma fonte, o jornalista deve levar em consideração diversos fatores, porém os principais são os de autoridade, produtividade e credibilidade.
A autoridade da fonte é um critério essencial, pois é uma tendência geral dos jornalistas, preferirem informações deste tipo de fonte, por presumirem que as informações que elas irão transmitir são mais confiáveis além de suas ações e opiniões serem oficiais.
A produtividade está ligada a capacidade de a fonte fornecer materiais suficientes para produção da noticia, permitindo que os jornalistas, não tenham que recorrer a outras fontes para complementar dados ou elementos necessários.
O fator de credibilidade está relacionado ao ponto de vista do jornalista, que ao avaliar a credibilidade da fonte, pode a partir disto, avaliar a credibilidade da informação fornecida por ela.

É preciso que o jornalista tenha consciência da importância do papel das fontes que hoje não apenas fornecem conteúdo para produção da noticia, mas que também participam dela. Ele precisa respeitá-la, mas não se submeter a elas ou desfrutar de sua intimidade.

Karina Costa

sexta-feira, 6 de junho de 2014

PARTICIPEM DA 6º EDIÇÃO DO PRÊMIO CBN DE JORNALISMO UNIVERSITÁRIO!!!

As inscrições vão até o dia 27 de junho, e são feitas através do site: http://cbn.globoradio.globo.com/premio-cbn-2014/inscricao/
O tema dessa edição é: “Bem aqui do meu lado, alguma coisa está fora da ordem”. Tema incrível, não? Ótimo para ter grandes ideias e se indignar com o que acontece no seu bairro, na sua cidade, no seu estado, no seu país ou no mundo.
Os trabalhos podem ser feitos individualmente ou em grupo. O vencedor terá direito a um troféu, um iPad, e o mais incrível e maravilhoso: passar três dias visitando a CBN, e conhecer como tudo funciona em uma rádio que toca notícia 24 horas. Além é claro, do certificado de participação. Os que ficarem em segundo e terceiro lugar, também receberão certificados, além do trabalho ser veiculado na rádio.




NÃO PERCAM ESTUDANTES DE JORNALISMO! A divulgação do resultado acontece no dia 1º de outubro de 2014.

Luna Oliva

quinta-feira, 5 de junho de 2014

JORNALISTA DESDE CEDO

Thiago Rodrigues de 12 anos vive no município de Santa Quitéria, interior do Ceará e é um jornalista. Isso mesmo! O garoto, apesar da pouca idade já é considerado um profissional da comunicação, e muito prestigiado!
O menino é o criador do Portal A Voz de Santa Quitéria (http://www.avozdesantaquiteria.com.br/),  onde publica notícias de sua cidade. As informações chegam por meio da própria população, que pede que ele redija matérias em seu site.
O site, a princípio era um blog e hoje já conta com mais de um milhão de visitantes!
Esse garoto é uma grande inspiração e exemplo a todos que querem seguir carreira na área de jornalismo.

Abaixo temos o link de uma entrevista com Thiago. Ele é incrível! Fala com tanta propriedade, além de demonstrar estar sempre muito bem informado sobre diversos assuntos, principalmente naqueles que dizem respeito a sua cidade.


Amanda Oliveira

quarta-feira, 4 de junho de 2014

A HORA DO BRASIL, A PRIMEIRA INICIATIVA DE USAR O RÁDIO PARA FINS POLÍTICOS!!!

A Hora do Brasil foi um programa de rádio criado por Armando Campos, em 22 de julho de 1935, durante o governo de Getúlio Vargas.
O programa era usado por Vargas, que falava diretamente com o povo, como se fosse um "pai". Durante a transmissão eram anunciadas obras do governo, futuros projetos e divulgavam sambas para exaltar o presidente. A Hora do Brasil era transmitida diariamente por todas as estações de rádio, e divulgava os principais acontecimentos da vida nacional.
A Hora do Brasil cumpria três finalidades: informativa, cultural e cívica. Informava detalhadamente sobre os atos de Getúlio Vargas e as realizações do Estado, incluía uma programação cultural que pretendia incentivar o gosto pela "boa música", através da transmissão de cantores considerados ilustres na época. A música brasileira era muito privilegiada. Fazia-se também comentários sobre a arte popular, em suas mais variadas expressões regionais, e descrevia-se pontos turísticos do Brasil. Quanto à parte cívica, eram feitas "recordações do passado", onde se exaltavam os feitos da nacionalidade. Nas peças de radioteatro, eram mostrados dramas históricos, como a abolição da escravatura e a proclamação da República.

Em 06 de setembro de 1946 a Hora do Brasil passa a ser chamar A Voz do Brasil, como é conhecida até hoje. A Voz do Brasil é produzida atualmente pela Empresa Brasileira de Comunicação (EBC), e vai ao ar de segunda à sexta, das 19h às 21h. 

Luna Oliva

terça-feira, 3 de junho de 2014

THE YELLOW KID

The Yellow Kid (O Menino Amarelo) era o nome mais conhecido de Mickey Dugan, personagem principal de Hogan’s Alley, a primeira tira em quadrinhos do mundo. Apareceu primeiramente na revista Truth, entre 1894 e 1895.

A tira era desenhada por Richard Felton Outcault e estreou oficialmente no jornal New York World de Joseph Pulitzer, em 17 de fevereiro de 1895, em preto e branco. Em 05 de maio deste mesmo ano, passou a ser impressa em cores, aliás, essa é uma curiosidade da tira; além de ser provavelmente a primeira história em quadrinhos, foi uma das primeiras e ser impressa em cores.
Yellow Kid era uma criança careca, com feições de chinês, dentuça, apenas dois dentes na boca, com um sorriso debochado e que usava uma enorme camisola amarela, que quase sempre aparecia estampada com frases sarcásticas e linguagem vulgar. Com o tempo, a tira ganhou personagens secundários e tinha o objetivo de retratar as tensões da cidade de Nova Iorque.
O personagem vivia nas ruelas do “gueto” rodeado de crianças que também falavam por meio de gírias e linguagem grosseira.


Foi na tira de Yellow Kid que se usou pela primeira vez balões para mostrar a fala dos personagens, apesar de o garoto somente se comunicar pelos escritos em seu camisolão.
Em 1896, Outcault foi “roubado” por William Randolph Hearst. Este era dono do New York Journal e contratou o autor da tirinha oferecendo um salário bem maior do que o que recebia no New York World.
Na mesma época, Pulitzer contratou George Luks para continuar a desenhar a Hogan’s Alley. E assim iniciou-se uma guerra: dois jornais publicavam o mesmo personagem e competiam um com o outro.

Depois desse ocorrido, as publicações de Yellow Kid cessaram subitamente em 1898. Seu último aparecimento foi no dia 23 de janeiro de 1898 em uma tira sobre um tônico capilar.

 Amanda Oliveira