segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O ÚLTIMA HORA, A RAZÃO DE VIVER DE SAMUEL WAINER


O Última Hora foi um jornal carioca fundado em 12 de junho de 1951, pelo jornalista Samuel Wainer. Era um jornal ousado e revolucionário, com grandes fotos estampadas na primeira página. 
Chegou a ter uma edição em São Paulo, além de uma edição nacional que era complementada localmente em Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Niterói, Curitiba, Campinas, Santos, Bauru e no ABCD Paulista.
O jornal defendia o governo de Getúlio Vargas, e era sustentando por esse governo. Alcançou cerca de 130 mil exemplares com um ano de circulação. O primeiro número do jornal contou com um editorial na primeira página escrito por Getúlio Vargas, que desejava sucesso ao Última Hora.
O Última Hora tinha bastante foco em assuntos de interesse popular, como futebol e notícias policiais. Além das notícias relacionadas ao Governo Vargas. O time de colunistas que fizeram parte do Última Hora contava com personalidades ilustres, como Nelson Rodrigues, Agnaldo Silva e Jô Soares.
O futebol foi tratado com grande destaque no Última Hora. Considerado antes como um assunto para classes mais populares, no Última Hora começou-se a valorizar essa área, tendo inclusive jornalistas específicos para fazer a cobertura. O jornal cobriu os Mundiais de 1954, 1958, 1962, 1966 e 1970.


Em 1961, o jornal empregava aproximadamente 1.500 funcionários, com o importante fato de que foi pioneiro em oferecer melhores salários aos jornalistas, na época eram os melhores salários da Imprensa Brasileira.
E acima de tudo, o Última Hora era um jornal que oferecia liberdade para que seus jornalistas pudessem escrever, o lado comercial dificilmente interferia na linha editorial do jornal. 
Chegou a ter uma tiragem de 350 mil exemplares. Tinha 10 edições diárias. Como Jorge Amado bem definiu, o Última Hora era uma arma do povo.
Samuel Wainer escreveu um livro que conta todo o seu amor pelo Última Hora, que foi muito bem intitulado: "Minha Razão de Viver", que já foi indicado aqui no Universo Jornalístico. Ficou interessado? Dá uma olhada. 
O Última Hora foi vendido em 1971 para a Empresa Folha da Manhã S/A.
Você pode encontrar aqui o acervo do jornal Última Hora. São 36 mil páginas digitalizadas. Incrível!!!


Luna Oliva






segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O PASQUIM - OS HERÓIS DA RESISTÊNCIA

O Pasquim foi um jornal que representou - e como representou - a Imprensa Alternativa, que fazia oposição ao Regime Militar. O símbolo do jornal foi o ratinho Sig (de Sigmund Freud), desenhado por Jaguar, baseado na anedota da época que dizia que "se Deus havia criado o sexo, Freud criou a sacanagem".

Criado em 1969, em uma época de Ditadura Militar, O Pasquim surge para incomodar muita gente e encantar o Brasil. Era um jornal muito bem humorado, e assim se tornou o grande jornal do Brasil. Com uma tiragem inicial de 20 mil exemplares, o jornal rapidamente atingiu mais de 200 mil em seu auge, se tornando um dos maiores fenômenos do Brasil.


Os censores faziam vários cortes até que o jornal fosse liberado para publicação.  Mesmo assim, alguns números eram recolhidos já nas bancas. Em novembro de 1970 a redação inteira do O Pasquim foi presa depois que o jornal publicou uma sátira do célebre quadro de Dom Pedro às margens do Ipiranga. 


Os militares esperavam que o semanário saísse de circulação e seus leitores perdessem o interesse, mas durante todo o período em que a equipe esteve encarcerada, O Pasquim foi mantido, sobre a chefia de Millôr Fernandes, que escapou da prisão. O jornal contou com a ajuda de ilustres nomes, como Chico Buarque e Antônio Callado, entre outros intelectuais cariocas. Os leitores notaram que o jornal estava diferente, porém a prisão dos jornalistas não pode ser noticiada.
As prisões continuariam nos anos seguintes, e na década de 1980 bancas que vendiam jornais alternativos como O Pasquim passaram a ser alvo de atentados a bomba. 
O Pasquim chegou ao fim em 11 de novembro de 1991.
No carnaval de 1990, O Pasquim foi homenageado pela Acadêmicos de Santa Cruz, com o enredo "Os Heróis da Resistência".


O Pasquim acabou ganhando um documentário produzido com recursos do governo. "O Pasquim — A Subversão do Humor", foi lançado em junho de 2004 e exibido pela TV Câmara. 



Em abril de 2006 a Editora Desiderata lançou O Pasquim - Antologia — 1969 - 1971, feito com matérias e entrevistas das 150 primeiras edições do semanário. O livro foi um sucesso, entrando para a lista de mais vendidos daquele ano e motivando o lançamento de um segundo volume em 2007, desta vez cobrindo o material do período entre 1972 e 1973, bem como um terceiro em 2009, cobrindo os anos de 1973 e 1974.


O Pasquim mudou a forma de se fazer jornalismo no Brasil. Como disse o próprio Jaguar, a imprensa tirou o paletó e a gravata. 
Luna Oliva



quinta-feira, 4 de setembro de 2014

LEIAM ESTE POST!!!!

O post de hoje não exatamente sobre Jornalismo, porém trata de algo de extremamente ligado a ele. Vamos falar de leitura. Todas as pessoas (ao menos a maioria) sabem como a leitura é importante. Aliás, não tem como não saber, sempre tem alguém nos falando como um livro é enriquecedor, nos ensina muitas coisas, exercita o cérebro, amplia o vocabulário, entre outros.  Nós aqui do blog, inclusive, temos um professor no curso que sempre diz que, em qualquer situação devemos ter um livro em mãos.
O jornalista deve ter o hábito de ler, caso não tenha, é importante começar. Quando digo “ler”, não é ler somente livros. Temos outra professora que diz que jornalista deve ler até bula de remédio! E não poderia ser diferente. Neste trabalho, nunca saberemos exatamente o deveremos fazer. Ou seja, se um aluno entra na faculdade de jornalismo porque gosta de esporte, deverá se aplicar ao máximo e estudar cada detalhe sobre o assunto para falar a seu público com verdadeiro conhecimento. Contudo, não pode se iludir e achar que só vai tratar de esportes. Ele deve estar preparado, pois de repente pode ser enviado para cobrir uma eleição, um acidente, um desfile de moda... Enfim, ler é importante porque essa área é cheia de surpresas, e é bom estar preparado para elas.
Quem não é habituado à leitura, pode sentir um pouco de dificuldade no início. A leitura, na verdade, é um exercício. É preciso treinar constantemente, até que ela se torne um costume, algo totalmente inserido na rotina, na vida. Algo que faça parte de você. Ok, ok. Um pouco exagerado, mas o que quero dizer é que a leitura é importantíssima e merece um pouco de seu tempo.
Agora, só uma curiosidade. Vocês sabiam que, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Pró-Livro, o brasileiro lê quatro livros por ano? Vi essa pesquisa no Blog “A biblioteca de Raquel” na da Folha digital. Na matéria tem mais detalhes da pesquisa, se quiserem ler, o link é esse: (http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/03/28/o-brasileiro-esta-lendo-menos/). O número é impressionantemente pequeno. Apenas quatro?
A pesquisa quantificou algo que muitos já sabiam: o brasileiro não lê e quando lê é uma leitura ocasional.
Bom, ler é essencial, já sabemos. O que devemos fazer agora é reservar um momento em nosso dia-a-dia corrido e dedicar à leitura de alguma coisa. Pode ser qualquer coisa, mesmo.  Jornal, revista, livro, bula de remédio, tabela nutricional, essa postagem.... Boa leitura a todos!!!

Amanda Olveira


segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Números e o Jornalismo



No Jornalismo, é comum ouvir frases como esta: “Não precisamos saber mexer com números”. Muitos se enganam quando pensam que não irão se deparar com algarismos, pelo fato de o primordial no Jornalismo, ser a escrita. Este tipo de pensamento eleva o grau de dificuldade dos jornalistas informarem com precisão matérias sobre: dados do censo, déficits de orçamento ou estatísticas esportivas tornando a informação sobre números uma tarefa mais complexa.
Com base em uma pesquisa do grupo de especialista do assunto da BBC, e de um texto na parte do Ombusdman, da Folha de S. Paulo, iremos citar alguns erros mais cometidos pelos jornalistas ao lidar com números:

Falta de contextualização

Muitas vezes os jornalistas fornecem números que parecem astronômicos sem qualquer base de contextualização que permita o leitor compará-los e interpretá-los para aplicar em sua realidade. Como foi citado pela jornalista Suzana Singer “É impossível saber se “os 308 consultórios de rua para tratar dependentes de crack no Brasil”, a serem criados pelo governo federal, são suficientes se o jornal não informa quantos são os viciados e quantos postos desse tipo  o país tem.

Questionamento insuficiente

Os jornalistas muitas vezes são seduzidos pelo valor de “choque de valores extremos” e acabam publicando a matéria sem questionamento, pesquisa e melhor revisão dos dados. Uma quantidade digna de nota pode sinalizar um problema com sua exatidão ou má interpretação de seu significado.

Reportar índices sem explicação

Existem matérias que reportam um aumento ou queda nos números sem explicar o que levou os valores desses índices. Os elementos são básicos da noticia: o risco duplica se você usar um telefone, as batidas policiais quadruplicam, taxas do câncer de mama sobem com a bebida por exemplo. Eles são básicos, mas muitas vezes há uma omissão deprimente. É importante incluir a causa da mudança e o ponto de partida do número.

Para evitar que erros como estes ocorram, o ideal é a aplicação permanente das regras que regem o trabalho Jornalístico. O questionamento continuo, a procura de duas ou mais fontes que comprovem os dados para embasamento da matéria, a contextualização e explicação dos dados para que o leitor não seja confundido ao invés de ser esclarecido.
                                                  

KARINA COSTA 



terça-feira, 5 de agosto de 2014

O CASO VLADIMIR HERZOG: UM SÍMBOLO DA LUTA PELA DEMOCRACIA, LIBERDADE E JUSTIÇA!

"Quando perdemos a capacidade de nos indignarmos ante atrocidades sofridas por outros, perdemos também o direito de nos considerarmos seres humanos civilizados." Vladimir Herzog




Vladimir Herzog foi um jornalista que foi torturado até a morte durante a época do Regime Militar.  Foi chamado para "prestar esclarecimentos" sobre suas "ligações e atividades criminosas".
Em 24 de outubro de 1975,  Herzog foi chamado para prestar depoimento sobre as ligações que mantinha com o Partido Comunista Brasileiro. Na época Vladimir era diretor de jornalismo da TV CULTURA, e no dia seguinte compareceu ao DOI-CODI.
Vlado ficou preso com mais dois jornalistas, Duque Estrada e Oswaldo Konder. Herzog negou qualquer ligação ao PCB. A partir daí, os outros dois jornalistas ficaram em um corredor, de onde podiam ouvir o som da tortura, abafado com um rádio ligado muito alto. Logo depois, Konder foi levado à tortura, e Vlado não mais foi visto com vida.
A informação que chegou a família de Herzog e todo o povo foi que "cerca de 15h, o jornalista Vladimir Herzog suicidou-se no DOI/CODI/II Exército". Na época, era comum o governo divulgar que as vítimas de tortura e assassinato haviam se suicidado, o que gerou comentários de que Vladimir Herzog foi "suicidado" pela ditadura.

Em 2009, mais de 30 anos após a morte de Vlado, surgiu o Instituto Vladimir Herzog. O instituto tem três objetivos: organizar todo o material jornalístico sobre a vida e obra de Vladimir, promover palestras e debates, além de ser o responsável pelo Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos.
É importante ressaltar que todos nós brasileiros, e principalmente, todos aqueles que estudam o Jornalismo, devem entender o quanto a nossa liberdade é importante. O quanto ela foi batalhada para conseguirmos viver como vivemos hoje. Vladimir é só um deles, muitos jornalistas morreram para que hoje nós conseguíssemos usufruir, pelo menos um pouco, da nossa liberdade de expressão. Por isso, não se vendam em troca de nada, não mintam, não enganem o seu público, sirva a eles da maneira mais ética possível. Muitas pessoas lutaram para que o jornalismo funcionasse. 

Luna Oliva

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

DO YOU SPEAK ENGLISH?



No mundo globalizado em que vivemos hoje, está mais do que comprovado o quão importante é saber se comunicar em outras línguas. No mercado de trabalho, por exemplo, as empresas dão preferência aos candidatos que, além de dominar os aspectos técnicos exigidos, têm o domínio de outros idiomas.
Contudo, quando falamos em fluência em outras línguas, não há como não mencionar a Língua Inglesa. Ela pode não ser a mais falada do mundo (o mandarim é o idioma mais falado), mas os países sempre a têm como segunda língua, o que facilita a comunicação entre os povos.
Para o jornalista é imprescindível ter o domínio do inglês. Aliás, as Diretrizes Curriculares Nacionais para o curso de graduação em Jornalismo (2013), instituem como uma das competências a ser desenvolvida durante o curso, o “domínio instrumental de, pelo menos, dois outros idiomas – preferencialmente inglês e espanhol, integrantes que são do contexto geopolítico em que o Brasil está inserido;”. Ou seja, o jornalista TEM que dominar outros idiomas além do seu.
Como sempre estaremos lidando com o inglês, aprendê-lo é essencial. Já o espanhol, também é exigido, pois, é a segunda língua mais falada no ocidente, além de o Brasil ser rodeado por países que, em sua maioria, falam espanhol.
Fora estes dois idiomas mencionados nas Diretrizes, o jornalista pode se dedicar a outras línguas, porque, além de ser um diferencial no currículo, determinadas áreas de atuação exigem domínios específicos de falas específicas.
Muitos estudantes geralmente têm essa dúvida, de qual idioma é o mais adequado à sua área de atuação. No blog Novo em Folha (http://novoemfolha.blogfolha.uol.com.br/2012/03/02/que-idiomas-sao-importantes/), esse questionamento é bem esclarecido, pois a autora do texto explica que não há uma língua mais importante que a outra, o jornalista tem que a todo o tempo buscar se aprimorar, mas dependendo de qual vertente for atuar, deverá direcionar seus estudos. 

Este vídeo também é muito interessante e explicativo. Vale a pena assistir.  https://www.youtube.com/watch?v=k80mcee-Kc0

Amanda Oliveira

domingo, 3 de agosto de 2014

INDICAÇÃO DA SEMANA LIVRO : ROBINSON CRUSOÉ

É fato que a leitura é essencial quando se deseja ser jornalista, pois ela melhor fonte de conhecimento que se pode obter. Um jornalista deve sempre está com a leitura em dia, é preciso que não se priorize apenas a leitura de livros que fazem parte da atualidade como, por exemplo, os grandes best-sellers, mas que se leia os clássicos da literatura mundial também.

Um clássico que não pode faltar na estante é Robinson Crusoé. A história escrita por Daniel Defoe teve inicio em um jornal e depois se tornou um clássico da literatura mundial. Defoe é considerado precursor do romance realista inglês e do Jornalismo moderno. Robinson Crusoé começou como um folhetim, e mediante ao sucesso posteriormente se tornou um livro.

Crusoé sonhava em sair pelo mar em busca de aventuras. Quando alcança a maior idade, deixa o conforto de seu lar e embarca em várias viagens. Em uma de suas aventuras pelo mar o navio em que estava sofre um acidente e naufraga. Crusoé é o único sobrevivente, e acaba indo parar em uma ilha inabitada. Ele precisa então procurar a melhor forma de sobreviver aos perigos e a solidão que o cercam sozinho nesta ilha.

Com o andamento da leitura deste livro é possível retirar diversas experiência de vida, como perseverança, esperança e inteligência de Crusoé nos desafios que ele vive durante os 28 anos em que vive na ilha. Além disto, a história foi escrita em 1719, o que nos permite ter uma base de entendimento e conhecimento mais amplo sobre como os folhetins eram escritos.


É possível também observar semelhanças entre a história de Crusoé com Chuck Noland do filme Náufrago (2000) com Tom Hanks. Porém o livro teve sua própria história sendo adaptadas várias vezes no cinema, a mais recente foi em (1997) com o ator Pierce Brosnan como Robinson Crusoé. 




TRAILER : ROBINSON CRUSOÉ



TRAILER : NÁUFRAGO




Karina Costa


sábado, 2 de agosto de 2014

O QUE FAZ UM FATO SER CONSIDERADO NOTÍCIA? DESCUBRA AGORA!


Se acompanharmos diferentes meios de comunicação diariamente, como a televisão, o rádio, e o jornal impresso; veremos que, em sua maioria, as notícias são as mesmas. Claro que são tratadas de diferentes maneiras, já que cada meio trabalha de uma forma para transmitir a informação ao seu público.
O fato de trabalharem com a mesma notícia acontece principalmente devido a teoria do agendamento, que já foi explicada aqui no blog (http://universo-jornalistico.blogspot.com.br/2014/06/teoria-do-agendamento.html).
Mas, acontece também porque para um fato se tornar notícia, é necessário ter algumas características. Essas características serão explicadas nas próximas linhas.
A notícia é a narração dos últimos fatos ocorridos ou com possibilidade de ocorrer, em qualquer campo de atividade, e que, no julgamento do jornalista, interessam ou tem importância para o público a quem se dirigem.
Toda notícia precisa ser obviamente, atual, é isso que distingue uma notícia de uma informação histórica. É preciso também que ela seja verdadeira, e mais do que isso, é preciso transmitir ao público a impressão de que ela é realmente verdadeira: com provas, fontes, fotos.
Algo que é extremamente importante: a proximidade e a consequência. Quanto mais próxima ela estiver do leitor, quando a notícia afeta a vida do leitor, traz consequências para o dia a dia, ela se torna mais interessante, mais importante, mais notícia.
Quando é algo inédito e exclusivo, é ainda mais notícia. Quando o fato se refere a um conflito, uma situação rara ou algo muito dramático, se torna mais notícia.
É importante destacar e deixar bem claro, que existem diferentes veículos de comunicação. E nem sempre o que é notícia para um estilo de veículo, é para outro, depende muito da forma com que cada um trabalha. Depende de muitos fatores para uma notícia ser considerada mais quente, ou menos quente em um veículo, como: linha editorial, interesse do veículo no assunto, interesse dos anunciantes, e claro, se o fato está ou não incluído na Agenda Setting.

 Luna Oliva

quarta-feira, 30 de julho de 2014

UM FENÔMENO CHAMADO FOTOGRAFIA


“De todos os meios de expressão, a fotografia é o único que fixa para sempre o instante preciso e transitório. Nós, fotógrafos, lidamos com coisas que estão continuamente desaparecendo e, uma vez desaparecidas, não há mecanismo no mundo capaz de faze-Ias voltar outra vez. Não podemos revelar ou copiar uma memória”. Henri Cartier-Bresson

Hoje o ato de eternizar momentos se tornou um fenômeno que está ao alcance de nossas mãos. Os equipamentos eletrônicos presentes em nosso dia a dia como tablets, smartphones, câmeras fotográficas entre outros, nos permitem facilmente capturar um instante, transformá-lo em uma história e compartilhá-lo em questão de segundos com milhares de pessoas através da internet. Redes sociais, específicas para fotografia, e os auto-retratos, chamados de selfie, são febre mundial.
Como hobbie e forma de expressão, a fotografia já faz parte do cotidiano de grande parte da população mundial. No Jornalismo ela é indispensável para o registro dos fatos a serem publicados, e este fenômeno presente na profissão não é recente. No século XIX, a invenção da máquina fotográfica foi vista na sociedade como um espelho de uma realidade incontestável. Assim o realismo fotográfico, se tornou um farol orientador da prática jornalística.
Sua participação para produção e veiculação de noticias é essencial. Fotografar bem, não é garantia para ser um bom fotojornalista, além disto, a área se tornou uma das mais disputadas dentro da profissão, pois a concorrência não vem apenas dos graduados em Jornalismo. Muitos fotógrafos fora da área também disputam vagas dentro da redação.

 Mediante a isto é indispensável que o fotojornalista, tenha o faro de repórter e procure desenvolver seu trabalho da melhor forma possível. Ele precisa antes de tudo está atento e preparado em todos os momentos, pois se perder aquele “instante” do acontecimento, ele nunca mais o terá de volta. É preciso ter em foco qual é a mensagem desejada para repassar ao público, pois ao fotografar algo, não se usa apenas a câmera fotográfica, mas toda a bagagem cultural do repórter fotográfico sendo possível como disse Jefferson Luiz Maleski, uma imagem ser descrita com mil palavras e mil palavras com uma imagem. 

Karina Costa

terça-feira, 29 de julho de 2014

ALGUMAS CURIOSIDADES

"Por vezes a curiosidade abre novos horizontes, quando não, acende a chama do entusiasmo para procurá-los."
Rabi Yaacov ben Shimon

Por mais completa que seja uma história, sempre haverá algo nela que não foi totalmente explicado. Eu por exemplo, sempre acredito que possa haver outra história por trás de uma história, e, como uma pessoa curiosa, sempre procuro pelos fatos não citados.
Pensando que talvez mais pessoas fossem como eu, resolvi fazer este post hoje, contando algumas curiosidades sobre o jornalismo. Vamos lá!

Primeiro jornal
O primeiro
Ninguém sabe exatamente quais as origens do Jornalismo, nem qual foi o primeiro jornal a circular no mundo, mas segundo a história, o imperador romano Júlio César criou a “Acta Diurna” ou “Acta Romana”. Este é o primeiro modelo de jornal que se tem notícias, logo é atribuído a ela, o título de “primeiro jornal do mundo”.





Primeiros repórteres
Um exemplo de
Correspondente
Imperial
Assim como o primeiro jornal, também não há um nome a quem possamos atribuir o título de primeiro repórter. O que se sabe, é que com o surgimento das Actas Romanas, surgiram os Correspondentes Imperiais, que eram pessoas que andavam por várias regiões do império a procura de notícias.







O mais antigo


Jornal mais antigo do mundo
Logicamente que, sendo o primeiro jornal, a Acta Diurna de Júlio César é o jornal mais antigo do mundo, tendo surgido por volta de 59 a. C. Contudo, o primeiro jornal tal como conhecemos hoje, "noticiário impresso de circulação pública e seriada" (Folha de S. Paulo, 2008), foi o “Relation”, surgido em 1605, na cidade de Estraburgo, Alemanha.




O mais vendido
Jornal mais vendido do mundo
Segundo dados de pesquisas realizadas em 2010, o jornal mais vendido do mundo é o “Yomiuri Shimbun”, do Japão, que tem uma circulação de cerca de 14 milhões de exemplares vendidos por dia.







Menor jornal do mundo
O menor
Esse título é brasileiro! O menor jornal do mundo é o brasileiro “Vossa Senhoria” e está registrado no Guinness Book. Ele mede apenas 3.5 cm de altura e 2.5 de largura e circula na cidade de Divinópolis, Minas Gerais.




Maior jornal do mundo
Não encontrei a capa da "edição
gigante", mas acho que essa serve ao
meno para ilustrar.
O maior jornal do mundo registrado pelo Guinness Book é uma edição do jornal esportivo francês “L’Équipe”, que mede 56cm x 80cm.
Na véspera da abertura dos jogos olímpicos de Londres de 2012, o jornal revolveu publicar uma edição um pouco maior que a tradicional e acabou entrando para o livro dos recordes. E pra quem ainda quer mais, o jornal pulicou na mesma edição, um pôster do judoca francês Teddy Riner de 2,03 metros!








Primeiro Telejornal do Mundo
Primeiro Telejornal
O primeiro noticiário de televisão surgiu em 1954, na rede britânica BBC. Era um boletim diário apresentado por Richard Baker e John Snagge.
O primeiro programa era praticamente um boletim de rádio ilustrado com fotos. Com isso, a imagem dos apresentadores só foi aparecer um ano depois da primeira exibição.

Bom pessoal, essas são apenas algumas curiosidades, existem muito mais, basta apenas procurá-las.  Quem souber de alguma, conte para nós! Comentem suas descobertas!


Amanda Oliveira














segunda-feira, 28 de julho de 2014

JORNAL DO BRASIL, O JORNAL QUE SÓ EXISTE NA INTERNET!

O Jornal do Brasil foi fundado em 1891 por Rodolfo Dantas. É um importante jornal brasileiro, que logo no começo trouxe fortes mudanças: defendia ideias monarquistas em meio a uma República recém instalada. A sua primeira impressão veio a público em abril.
Foi um jornal inovador:  encarou o jornalismo como empresa, trouxe o anúncio para suas páginas. Contudo, o jornal sofreu censura do então presidente, Floriano Peixoto.
Em 1957, o JB passou por um processo de reformulação. Foi quando começou a ser dirigido por Odylo Costa, que levou com ele uma equipe de jovens jornalistas. O JB passou a ter um estilo mais leve, e ao mesmo tempo agressivo. O espaço do noticiário e o número de páginas aumentaram, a opinião do jornal começou a ser valorizada em suas páginas, as fotos começaram a receber grande destaque. Foi nesse período que o jornal começou a ser realmente produzido. Surgiram as reuniões de pauta, e os editoriais.

Em 1996 torna-se o primeiro jornal brasileiro na internet, e em setembro de 2010 encerra-se a circulação em papel. Antes da mudança para a internet, o JB contava com aproximadamente 120 colaboradores. Este número foi drasticamente reduzido no novo modelo e, atualmente, cerca de dez jornalistas fazem a atualização do site.

Se ficou interessado, este é o site do Jornal do Brasil: http://www.jb.com.br/























Luna Oliva

domingo, 27 de julho de 2014

INDICAÇÃO DA SEMANA LIVRO: MINHA RAZÃO DE VIVER

Se você é jornalista ou pretender ser, em algum momento já ouviu ou vai ouvir falar sobre Samuel Wainer. Ele é um dos ícones da história do Jornalismo Brasileiro. As Memórias de Samuel foram ditadas num depoimento que soma 53 fitas de áudio que foram cedidas pela sua filha, Pinky Wainer ao jornalista Augusto Nunes, que as reuniu, organizou, editou e transformou no livro Minha Razão de Viver.
Samuel conta sua história de um modo franco e íntegro. Do início de sua carreira em pequenos jornais a sua passagem por grandes veículos como Diretrizes e Diários Associados de Assis Chateubriand. Wainer viveu momentos onde esteve entre o céu e o inferno. Foi correspondente internacional em 1945 e 1964 quando teve que se exilar para fugir da ditadura. Sua influência era visível. De sua relação de amizade com Getulio Vargas, nasceu o jornal getulista Última Hora, que foi segundo ele sua “maior aventura”. Ele fala sobre sua relação com Carlos Lacerda, que de amigo intimo se tornou um dos seus maiores inimigos, e que juntamente com seu ex-patrão Chateaubriand se empenhou em destruir sua vida e sua carreira.
Sobre sua paixão pelo Jornalismo ele diz “Um jornalista não pode deixar de viajar. É preciso viajar incessantemente ao encontro do que está para acontecer, e insisto em que é possível viajar pelo nosso bairro, até mesmo pela nossa rua. Sempre circulei atento à aparição do imprevisto, e passei a minha vida à espera de que algo acontecesse, alguma coisa, qualquer coisa, pressentindo que a noticia de que algo acontecera viria por carta. Tornaram-se folclóricos os telefonemas de que eu dava para a redação, repetindo a mesma pergunta: chegou alguma carta? Sempre aguardei com ansiedade a chegada da correspondência, sempre que o telefone tocava eu corria a atender. Geralmente, são esses extratos banais enviados pelos bancos, mas não desisto: algum dia chegará a noticia de que algo aconteceu.”
Wainer nunca deixou de lutar. Afirma que tudo o que fez durante sua carreira foi em favor de seus ideais. Minha Razão de Viver, acima de tudo é um relato fiel de um homem que além de fazer parte das grandes transformações da imprensa brasileira, foi testemunha e fez parte dos maiores episódios do século XX da história de nosso país.


Karina Costa



quinta-feira, 24 de julho de 2014

JORNAL DA TARDE

O Jornal da Tarde, ou JT, surgiu em 4 de janeiro de 1966. Foi um jornal diário da cidade de São Paulo, e pertencia ao grupo O Estado de S. Paulo.
Inicialmente o jornal circulava durante a tarde, mas em 1988 passou a ser matutino.
O JT trabalhava com o novo jornalismo, mais literário e supervalorizava fotos. Era um misto de jornal com revista, suas capas eram impactantes. De acordo com o diretor Ruy Mesquita, o Jornal da Tarde tinha uma preocupação: "fazer alguma coisa que seria um misto entre um jornal diário e uma revista semanal". 
O primeiro editorial definiu a nova publicação como de "estilo vibrante, irreverente, de um vespertino moderno que visa a atingir um público diferente daquele que, normalmente, lê apenas os matutinos".
Foi o primeiro jornal a aceitar mulheres na redação, e ganhou muitos prêmios. 

 

Luna Oliva