quarta-feira, 30 de julho de 2014

UM FENÔMENO CHAMADO FOTOGRAFIA


“De todos os meios de expressão, a fotografia é o único que fixa para sempre o instante preciso e transitório. Nós, fotógrafos, lidamos com coisas que estão continuamente desaparecendo e, uma vez desaparecidas, não há mecanismo no mundo capaz de faze-Ias voltar outra vez. Não podemos revelar ou copiar uma memória”. Henri Cartier-Bresson

Hoje o ato de eternizar momentos se tornou um fenômeno que está ao alcance de nossas mãos. Os equipamentos eletrônicos presentes em nosso dia a dia como tablets, smartphones, câmeras fotográficas entre outros, nos permitem facilmente capturar um instante, transformá-lo em uma história e compartilhá-lo em questão de segundos com milhares de pessoas através da internet. Redes sociais, específicas para fotografia, e os auto-retratos, chamados de selfie, são febre mundial.
Como hobbie e forma de expressão, a fotografia já faz parte do cotidiano de grande parte da população mundial. No Jornalismo ela é indispensável para o registro dos fatos a serem publicados, e este fenômeno presente na profissão não é recente. No século XIX, a invenção da máquina fotográfica foi vista na sociedade como um espelho de uma realidade incontestável. Assim o realismo fotográfico, se tornou um farol orientador da prática jornalística.
Sua participação para produção e veiculação de noticias é essencial. Fotografar bem, não é garantia para ser um bom fotojornalista, além disto, a área se tornou uma das mais disputadas dentro da profissão, pois a concorrência não vem apenas dos graduados em Jornalismo. Muitos fotógrafos fora da área também disputam vagas dentro da redação.

 Mediante a isto é indispensável que o fotojornalista, tenha o faro de repórter e procure desenvolver seu trabalho da melhor forma possível. Ele precisa antes de tudo está atento e preparado em todos os momentos, pois se perder aquele “instante” do acontecimento, ele nunca mais o terá de volta. É preciso ter em foco qual é a mensagem desejada para repassar ao público, pois ao fotografar algo, não se usa apenas a câmera fotográfica, mas toda a bagagem cultural do repórter fotográfico sendo possível como disse Jefferson Luiz Maleski, uma imagem ser descrita com mil palavras e mil palavras com uma imagem. 

Karina Costa

terça-feira, 29 de julho de 2014

ALGUMAS CURIOSIDADES

"Por vezes a curiosidade abre novos horizontes, quando não, acende a chama do entusiasmo para procurá-los."
Rabi Yaacov ben Shimon

Por mais completa que seja uma história, sempre haverá algo nela que não foi totalmente explicado. Eu por exemplo, sempre acredito que possa haver outra história por trás de uma história, e, como uma pessoa curiosa, sempre procuro pelos fatos não citados.
Pensando que talvez mais pessoas fossem como eu, resolvi fazer este post hoje, contando algumas curiosidades sobre o jornalismo. Vamos lá!

Primeiro jornal
O primeiro
Ninguém sabe exatamente quais as origens do Jornalismo, nem qual foi o primeiro jornal a circular no mundo, mas segundo a história, o imperador romano Júlio César criou a “Acta Diurna” ou “Acta Romana”. Este é o primeiro modelo de jornal que se tem notícias, logo é atribuído a ela, o título de “primeiro jornal do mundo”.





Primeiros repórteres
Um exemplo de
Correspondente
Imperial
Assim como o primeiro jornal, também não há um nome a quem possamos atribuir o título de primeiro repórter. O que se sabe, é que com o surgimento das Actas Romanas, surgiram os Correspondentes Imperiais, que eram pessoas que andavam por várias regiões do império a procura de notícias.







O mais antigo


Jornal mais antigo do mundo
Logicamente que, sendo o primeiro jornal, a Acta Diurna de Júlio César é o jornal mais antigo do mundo, tendo surgido por volta de 59 a. C. Contudo, o primeiro jornal tal como conhecemos hoje, "noticiário impresso de circulação pública e seriada" (Folha de S. Paulo, 2008), foi o “Relation”, surgido em 1605, na cidade de Estraburgo, Alemanha.




O mais vendido
Jornal mais vendido do mundo
Segundo dados de pesquisas realizadas em 2010, o jornal mais vendido do mundo é o “Yomiuri Shimbun”, do Japão, que tem uma circulação de cerca de 14 milhões de exemplares vendidos por dia.







Menor jornal do mundo
O menor
Esse título é brasileiro! O menor jornal do mundo é o brasileiro “Vossa Senhoria” e está registrado no Guinness Book. Ele mede apenas 3.5 cm de altura e 2.5 de largura e circula na cidade de Divinópolis, Minas Gerais.




Maior jornal do mundo
Não encontrei a capa da "edição
gigante", mas acho que essa serve ao
meno para ilustrar.
O maior jornal do mundo registrado pelo Guinness Book é uma edição do jornal esportivo francês “L’Équipe”, que mede 56cm x 80cm.
Na véspera da abertura dos jogos olímpicos de Londres de 2012, o jornal revolveu publicar uma edição um pouco maior que a tradicional e acabou entrando para o livro dos recordes. E pra quem ainda quer mais, o jornal pulicou na mesma edição, um pôster do judoca francês Teddy Riner de 2,03 metros!








Primeiro Telejornal do Mundo
Primeiro Telejornal
O primeiro noticiário de televisão surgiu em 1954, na rede britânica BBC. Era um boletim diário apresentado por Richard Baker e John Snagge.
O primeiro programa era praticamente um boletim de rádio ilustrado com fotos. Com isso, a imagem dos apresentadores só foi aparecer um ano depois da primeira exibição.

Bom pessoal, essas são apenas algumas curiosidades, existem muito mais, basta apenas procurá-las.  Quem souber de alguma, conte para nós! Comentem suas descobertas!


Amanda Oliveira














segunda-feira, 28 de julho de 2014

JORNAL DO BRASIL, O JORNAL QUE SÓ EXISTE NA INTERNET!

O Jornal do Brasil foi fundado em 1891 por Rodolfo Dantas. É um importante jornal brasileiro, que logo no começo trouxe fortes mudanças: defendia ideias monarquistas em meio a uma República recém instalada. A sua primeira impressão veio a público em abril.
Foi um jornal inovador:  encarou o jornalismo como empresa, trouxe o anúncio para suas páginas. Contudo, o jornal sofreu censura do então presidente, Floriano Peixoto.
Em 1957, o JB passou por um processo de reformulação. Foi quando começou a ser dirigido por Odylo Costa, que levou com ele uma equipe de jovens jornalistas. O JB passou a ter um estilo mais leve, e ao mesmo tempo agressivo. O espaço do noticiário e o número de páginas aumentaram, a opinião do jornal começou a ser valorizada em suas páginas, as fotos começaram a receber grande destaque. Foi nesse período que o jornal começou a ser realmente produzido. Surgiram as reuniões de pauta, e os editoriais.

Em 1996 torna-se o primeiro jornal brasileiro na internet, e em setembro de 2010 encerra-se a circulação em papel. Antes da mudança para a internet, o JB contava com aproximadamente 120 colaboradores. Este número foi drasticamente reduzido no novo modelo e, atualmente, cerca de dez jornalistas fazem a atualização do site.

Se ficou interessado, este é o site do Jornal do Brasil: http://www.jb.com.br/























Luna Oliva

domingo, 27 de julho de 2014

INDICAÇÃO DA SEMANA LIVRO: MINHA RAZÃO DE VIVER

Se você é jornalista ou pretender ser, em algum momento já ouviu ou vai ouvir falar sobre Samuel Wainer. Ele é um dos ícones da história do Jornalismo Brasileiro. As Memórias de Samuel foram ditadas num depoimento que soma 53 fitas de áudio que foram cedidas pela sua filha, Pinky Wainer ao jornalista Augusto Nunes, que as reuniu, organizou, editou e transformou no livro Minha Razão de Viver.
Samuel conta sua história de um modo franco e íntegro. Do início de sua carreira em pequenos jornais a sua passagem por grandes veículos como Diretrizes e Diários Associados de Assis Chateubriand. Wainer viveu momentos onde esteve entre o céu e o inferno. Foi correspondente internacional em 1945 e 1964 quando teve que se exilar para fugir da ditadura. Sua influência era visível. De sua relação de amizade com Getulio Vargas, nasceu o jornal getulista Última Hora, que foi segundo ele sua “maior aventura”. Ele fala sobre sua relação com Carlos Lacerda, que de amigo intimo se tornou um dos seus maiores inimigos, e que juntamente com seu ex-patrão Chateaubriand se empenhou em destruir sua vida e sua carreira.
Sobre sua paixão pelo Jornalismo ele diz “Um jornalista não pode deixar de viajar. É preciso viajar incessantemente ao encontro do que está para acontecer, e insisto em que é possível viajar pelo nosso bairro, até mesmo pela nossa rua. Sempre circulei atento à aparição do imprevisto, e passei a minha vida à espera de que algo acontecesse, alguma coisa, qualquer coisa, pressentindo que a noticia de que algo acontecera viria por carta. Tornaram-se folclóricos os telefonemas de que eu dava para a redação, repetindo a mesma pergunta: chegou alguma carta? Sempre aguardei com ansiedade a chegada da correspondência, sempre que o telefone tocava eu corria a atender. Geralmente, são esses extratos banais enviados pelos bancos, mas não desisto: algum dia chegará a noticia de que algo aconteceu.”
Wainer nunca deixou de lutar. Afirma que tudo o que fez durante sua carreira foi em favor de seus ideais. Minha Razão de Viver, acima de tudo é um relato fiel de um homem que além de fazer parte das grandes transformações da imprensa brasileira, foi testemunha e fez parte dos maiores episódios do século XX da história de nosso país.


Karina Costa



quinta-feira, 24 de julho de 2014

JORNAL DA TARDE

O Jornal da Tarde, ou JT, surgiu em 4 de janeiro de 1966. Foi um jornal diário da cidade de São Paulo, e pertencia ao grupo O Estado de S. Paulo.
Inicialmente o jornal circulava durante a tarde, mas em 1988 passou a ser matutino.
O JT trabalhava com o novo jornalismo, mais literário e supervalorizava fotos. Era um misto de jornal com revista, suas capas eram impactantes. De acordo com o diretor Ruy Mesquita, o Jornal da Tarde tinha uma preocupação: "fazer alguma coisa que seria um misto entre um jornal diário e uma revista semanal". 
O primeiro editorial definiu a nova publicação como de "estilo vibrante, irreverente, de um vespertino moderno que visa a atingir um público diferente daquele que, normalmente, lê apenas os matutinos".
Foi o primeiro jornal a aceitar mulheres na redação, e ganhou muitos prêmios. 

 

Luna Oliva


quarta-feira, 23 de julho de 2014

JORNALISMO DE DESGRAÇA

 “Porque os jornais noticiam tudo, tudo, menos, uma coisa tão banal de que ninguém se lembra: a vida...”
Rubem Braga

Por esses dias li uma crônica de Rubem Braga intitulada “Os jornais”. Nela, o personagem se mostra indignado com as notícias do periódico, pois o que leu, só relatava coisas ruins. Ele até questiona: “Será o mundo assim, uma bola confusa, onde acontecem unicamente desastres e desgraças?”.
Bom, essa crônica foi publicada há muito tempo, mas acho que até hoje traduz um sentimento que muitas vezes temos ao ler os jornais: parece que o mundo está caminhando para o caos! Claro que também são noticiadas coisas boas, contudo, os maiores espaços são dedicados aos terríveis acontecimentos do dia-a-dia.
O problema é que por mais que não queiramos admitir, adoramos uma desgraça. Toda vez que ocorre um crime chocante, estamos sempre querendo saber todos os detalhes: quem fez, por que, como, onde estava, se alguém o ajudou, etc... É triste, mas é verdade.
É por causa de todo esse nosso interesse na desgraça, que os noticiários as publicam. Se determinado acontecimento desperta grande atenção, é claro que ele será muito bem explorado pelas mídias, afinal, a notícia é o que dá o lucro à elas. Se publicarem algo que interesse ao público, lucrarão, caso contrário, irão à falência.
A grande questão, é que na verdade, precisamos mudar nosso pensamento. Se começarmos a prestar mais atenção em quantas pessoas possuem casamentos duradouros, bem sucedidos em com belas famílias, do que nos índices de divórcios, ou uniões conjugais por interesse ($), possivelmente haverá maior interesse da mídia em noticiá-los.
Calma, não estou dizendo que a mídia só deve noticiar coisas boas e bonitas, e que devemos achar que a vida é um conto de fadas onde todos vivem “felizes para sempre”. Não! Não é bem assim. Aliás, quem sou eu para dizer alguma coisa? O que quero expor, é que tudo deve ser ponderado. Se há espaço e interesse (e deve sempre haver!) em denunciar políticos safados que roubam a população, poderemos também falar daqueles que honram a posição que lhes foi confiada e de fato trabalham para melhorar o que for possível.


PS: Recomendo a leitura dessa crônica, é muito boa! Aliás, recomendo ler outras crônicas de Rubem Braga. Estou lendo e me apaixonei.


Amanda Oliveira

terça-feira, 22 de julho de 2014

EI, EI, EI, CHATÔ É O NOSSO REI!!!

Francisco de Assis Chateaubriand Bandeira de Mello era paraibano, e foi um dos homens mais influentes do Brasil nas décadas de 40 e 50, em vários campos da sociedade.
Chateaubriand criou e dirigiu a maior cadeia de imprensa no país, o Diários Associados, que começa a se formar no final dos anos 30 e chega a reunir mais de 100 jornais, revistas e estações de rádio. Também é conhecido como o co-criador e fundador, em 1947, do Museu de Arte de São Paulo (MASP).

Assis Chateaubriand foi alfabetizado aos 12 anos, e estreou no jornalismo aos 15, na "Gazeta do Norte". Escreveu também no "Jornal Pequeno" e no "Diário de Pernambuco".
Em 1924, assumiu a direção de "O Jornal", onde começa a colocar os artigos de opinião. A ética não era o seu forte: chantageava as empresas que não anunciassem em seus veículos, publicava poesias de seus maiores anunciantes e mentia descaradamente para atingir aos inimigos.
Assis era um homem inovador. Trouxe para o Brasil a Máquina Multicolor, a fotografia e criou os anúncios. Além do início da televisão brasileira, A TV TUPI.
Em 1960, o maior império das telecomunicações no país estava endividado. Assis Chateaubriand sofreu uma trombose que o deixou paralisado e o fez comunicar-se através de uma máquina de escrever adaptada. Chatô (como é conhecido), morreu em 1968. Hoje, o Diários Associados é o 6º maior grupo de comunicações do país.

No ano de 1999, duas escolas de samba homenagearam Chatô, entre elas a escola do grupo especial Acadêmicos do Grande Rio, que levou para a avenida o samba-enredo: "Ei, ei ei, Chatô é o nosso Rei!".  
Além disso, Assis Chateuabriand tem um livro que conta toda a sua história. A obra, escrita por Fernando Morais, conta com riqueza de detalhes a história de um dos brasileiros mais poderosos da história. Leia: "Chatô - O Rei do Brasil". 

Se interessou? Ouça o samba, que ficou incrível!!!

Luna Oliva

segunda-feira, 21 de julho de 2014

O Jornalismo historicamente como profissão

O Jornalismo historicamente tem sido uma profissão pouco prestigiada. No passado, escrever para os jornais era visto como um meio para iniciar uma carreira política. Qualquer pessoa que soubesse escrever razoavelmente tinha a oportunidade de trabalhar como jornalista. E por meio disto inclusive, grandes escritores da literatura universal, passaram pelas redações antes da publicação e do reconhecimento de suas obras.
As condições de trabalho eram péssimas. Os jornalistas eram mal pagos e o sistema de emprego e dispensa assombrava-os, pois a qualquer momento eles sabiam que poderiam estar desempregados. Mediante a isto, muitos se arriscavam em práticas antiéticas em busca de informação. Dentre elas, a aceitação de subornos, disfarce e ocultação de identidade entre outras.
Este cenário começou a mudar com o desenvolvimento das grandes reportagens e a criação de clubes, associações e sindicatos. Foram meios que ajudaram a ofício a ganhar um pouco de prestigio e um meio de promover a profissionalização do Jornalismo.
Para chegar ao panorama em que está hoje, o Jornalismo passou por inúmeras modificações em comparação ao passado. Escrever bem, não é garantia suficiente para ser um bom jornalista. O mercado de trabalho se tornou mais exigente e com a evolução da tecnologia o público também mudou. Surgiram então as várias plataformas de mídia e a noticia ganhou novos formatos em questão de conteúdo e veiculação.
Essas transformações que comprometeram a carreira influenciaram na formação do chamado profissional multimídia, onde o jornalista deve saber trabalhar com um pouco de tudo. Ele deve ser capaz de pautar e produzir sua matéria. Há muitas preocupações dos estudantes de jornalismo sobre o mercado de trabalho que se torna cada vez mais concorrido.

É importante saber que no Jornalismo, você é avaliado pela capacidade profissional e devido a isso é preciso procurar melhorar sempre. Apesar da concorrência acirrada do mercado, a competência, dedicação, honestidade são qualidades que fazem o diferencial no desenvolvimento e execução de seu trabalho.


Karina Costa