domingo, 11 de janeiro de 2015

INDICAÇÃO DA SEMANA: FILME "O ABUTRE"

Lou Bloom é um jovem em busca de um emprego que sobrevive de roubos. Durante um passeio noturno ele presencia a cena de um acidente. Observando a cobertura cinematográfica do desastre, ele vê a oportunidade de fazer dinheiro alimentando o mundo do jornalismo sensacionalista de Los Angeles.

Lou se torna um “Abutre”. Ao cair da noite ele sai com sua câmera à caça de acidentes, incêndios, assassinatos entre outros. Cada tragédia que seu rádio de policia anuncia ele sabe que tem a chance de fazer dinheiro. Com a ajuda de Nina, editora de um telejornal Lou aprende que quanto mais sanguinário for o seu material, mais ganhará com ele.

Lou alimentado por sua ganância vai deixando de ser um mero observador de fatos e começa a contaminá-los e fazer parte deles. Já Nina, nos deixa questionando se vale a pena tudo pela audiência. A história em geral nos leva-nos a reflexão sobre o que estamos produzindo e consumindo por meio da mídia. 




KARINA BLACK 


sexta-feira, 9 de janeiro de 2015

O JORNAL QUE INTRODUZIU NOVAS REGRAS PARA O JORNALISMO BRASILEIRO: O DIÁRIO CARIOCA

O Diário Carioca foi fundando no Rio de Janeiro em 17 de julho de 1928, por José Eduardo de Macedo Soares. Foi um jornal de grande influência, e responsável pela modernização técnica da Imprensa Brasileira.


Foi o jornal que incorporou o lead americano nas matérias (mais próximo, no estilo, dos jornais ingleses da época, com períodos um tanto mais longos), criou o copidesque, lançou o primeiro manual de redação jornalística, usou a primeira página só para fazer chamadas, tirou adjetivos, apelidos e etc. Mudou todo o "visual" do jornalismo.
Além disso, foi primeiro a circular no Distrito Federal, em 12 de setembro de 1959, com o nome de DC-Brasília, sob a direção de Elias de Oliveira Júnior.
O Diário Carioca não sobreviveu a Ditadura Militar, instalada em 1964. O jornal era um feroz opositor do governo. Acabou sendo sufocado por falta de verbas publicitárias, quadro causado pela influência do Governo Militar.

A jornalista e escritora Cecília Costa criou um livro sobre o Diário Carioca, intitulado: "Diário Carioca, o jornal que mudou a imprensa brasileira"


 


                                           


Luna Oliva




sábado, 3 de janeiro de 2015

INDICAÇÃO DA SEMANA: LIVRO ROTA 66


ROTA 66 é segundo Caco Barcellos, a história da policia que mata. O livro começa narrando a perseguição da ROTA- Rondas Ostensivas Tobias Aguiar, a três jovens que dirigiam um fusca que para os policiais seria resultado de um roubo. A perseguição resultou no assassinato dos jovens e, na investigação jornalística que deu origem ao livro.
O objetivo de Caco ao escrever este livro, era denunciar a ação de matadores oficiais contra os cidadãos envolvidos em crimes na cidade, porém o resultado da investigação surpreendeu o próprio Caco. Ele descobriu que os criminosos não representavam a maioria entre as pessoas mortas pelos policiais militares de São Paulo. A maioria das pessoas mortas pela PM era constituída pelo cidadão comum que nunca havia praticado um crime.
Caco também conta um pouco de sua trajetória como repórter. Rota 66 lhe rendeu o Prêmio Jabuti em 1993 e mais oito prêmios de direitos humanos.



KARINA BLACK

segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

O ÚLTIMA HORA, A RAZÃO DE VIVER DE SAMUEL WAINER


O Última Hora foi um jornal carioca fundado em 12 de junho de 1951, pelo jornalista Samuel Wainer. Era um jornal ousado e revolucionário, com grandes fotos estampadas na primeira página. 
Chegou a ter uma edição em São Paulo, além de uma edição nacional que era complementada localmente em Porto Alegre, Belo Horizonte, Recife, Niterói, Curitiba, Campinas, Santos, Bauru e no ABCD Paulista.
O jornal defendia o governo de Getúlio Vargas, e era sustentando por esse governo. Alcançou cerca de 130 mil exemplares com um ano de circulação. O primeiro número do jornal contou com um editorial na primeira página escrito por Getúlio Vargas, que desejava sucesso ao Última Hora.
O Última Hora tinha bastante foco em assuntos de interesse popular, como futebol e notícias policiais. Além das notícias relacionadas ao Governo Vargas. O time de colunistas que fizeram parte do Última Hora contava com personalidades ilustres, como Nelson Rodrigues, Agnaldo Silva e Jô Soares.
O futebol foi tratado com grande destaque no Última Hora. Considerado antes como um assunto para classes mais populares, no Última Hora começou-se a valorizar essa área, tendo inclusive jornalistas específicos para fazer a cobertura. O jornal cobriu os Mundiais de 1954, 1958, 1962, 1966 e 1970.


Em 1961, o jornal empregava aproximadamente 1.500 funcionários, com o importante fato de que foi pioneiro em oferecer melhores salários aos jornalistas, na época eram os melhores salários da Imprensa Brasileira.
E acima de tudo, o Última Hora era um jornal que oferecia liberdade para que seus jornalistas pudessem escrever, o lado comercial dificilmente interferia na linha editorial do jornal. 
Chegou a ter uma tiragem de 350 mil exemplares. Tinha 10 edições diárias. Como Jorge Amado bem definiu, o Última Hora era uma arma do povo.
Samuel Wainer escreveu um livro que conta todo o seu amor pelo Última Hora, que foi muito bem intitulado: "Minha Razão de Viver", que já foi indicado aqui no Universo Jornalístico. Ficou interessado? Dá uma olhada. 
O Última Hora foi vendido em 1971 para a Empresa Folha da Manhã S/A.
Você pode encontrar aqui o acervo do jornal Última Hora. São 36 mil páginas digitalizadas. Incrível!!!


Luna Oliva






segunda-feira, 22 de setembro de 2014

O PASQUIM - OS HERÓIS DA RESISTÊNCIA

O Pasquim foi um jornal que representou - e como representou - a Imprensa Alternativa, que fazia oposição ao Regime Militar. O símbolo do jornal foi o ratinho Sig (de Sigmund Freud), desenhado por Jaguar, baseado na anedota da época que dizia que "se Deus havia criado o sexo, Freud criou a sacanagem".

Criado em 1969, em uma época de Ditadura Militar, O Pasquim surge para incomodar muita gente e encantar o Brasil. Era um jornal muito bem humorado, e assim se tornou o grande jornal do Brasil. Com uma tiragem inicial de 20 mil exemplares, o jornal rapidamente atingiu mais de 200 mil em seu auge, se tornando um dos maiores fenômenos do Brasil.


Os censores faziam vários cortes até que o jornal fosse liberado para publicação.  Mesmo assim, alguns números eram recolhidos já nas bancas. Em novembro de 1970 a redação inteira do O Pasquim foi presa depois que o jornal publicou uma sátira do célebre quadro de Dom Pedro às margens do Ipiranga. 


Os militares esperavam que o semanário saísse de circulação e seus leitores perdessem o interesse, mas durante todo o período em que a equipe esteve encarcerada, O Pasquim foi mantido, sobre a chefia de Millôr Fernandes, que escapou da prisão. O jornal contou com a ajuda de ilustres nomes, como Chico Buarque e Antônio Callado, entre outros intelectuais cariocas. Os leitores notaram que o jornal estava diferente, porém a prisão dos jornalistas não pode ser noticiada.
As prisões continuariam nos anos seguintes, e na década de 1980 bancas que vendiam jornais alternativos como O Pasquim passaram a ser alvo de atentados a bomba. 
O Pasquim chegou ao fim em 11 de novembro de 1991.
No carnaval de 1990, O Pasquim foi homenageado pela Acadêmicos de Santa Cruz, com o enredo "Os Heróis da Resistência".


O Pasquim acabou ganhando um documentário produzido com recursos do governo. "O Pasquim — A Subversão do Humor", foi lançado em junho de 2004 e exibido pela TV Câmara. 



Em abril de 2006 a Editora Desiderata lançou O Pasquim - Antologia — 1969 - 1971, feito com matérias e entrevistas das 150 primeiras edições do semanário. O livro foi um sucesso, entrando para a lista de mais vendidos daquele ano e motivando o lançamento de um segundo volume em 2007, desta vez cobrindo o material do período entre 1972 e 1973, bem como um terceiro em 2009, cobrindo os anos de 1973 e 1974.


O Pasquim mudou a forma de se fazer jornalismo no Brasil. Como disse o próprio Jaguar, a imprensa tirou o paletó e a gravata. 
Luna Oliva



quinta-feira, 4 de setembro de 2014

LEIAM ESTE POST!!!!

O post de hoje não exatamente sobre Jornalismo, porém trata de algo de extremamente ligado a ele. Vamos falar de leitura. Todas as pessoas (ao menos a maioria) sabem como a leitura é importante. Aliás, não tem como não saber, sempre tem alguém nos falando como um livro é enriquecedor, nos ensina muitas coisas, exercita o cérebro, amplia o vocabulário, entre outros.  Nós aqui do blog, inclusive, temos um professor no curso que sempre diz que, em qualquer situação devemos ter um livro em mãos.
O jornalista deve ter o hábito de ler, caso não tenha, é importante começar. Quando digo “ler”, não é ler somente livros. Temos outra professora que diz que jornalista deve ler até bula de remédio! E não poderia ser diferente. Neste trabalho, nunca saberemos exatamente o deveremos fazer. Ou seja, se um aluno entra na faculdade de jornalismo porque gosta de esporte, deverá se aplicar ao máximo e estudar cada detalhe sobre o assunto para falar a seu público com verdadeiro conhecimento. Contudo, não pode se iludir e achar que só vai tratar de esportes. Ele deve estar preparado, pois de repente pode ser enviado para cobrir uma eleição, um acidente, um desfile de moda... Enfim, ler é importante porque essa área é cheia de surpresas, e é bom estar preparado para elas.
Quem não é habituado à leitura, pode sentir um pouco de dificuldade no início. A leitura, na verdade, é um exercício. É preciso treinar constantemente, até que ela se torne um costume, algo totalmente inserido na rotina, na vida. Algo que faça parte de você. Ok, ok. Um pouco exagerado, mas o que quero dizer é que a leitura é importantíssima e merece um pouco de seu tempo.
Agora, só uma curiosidade. Vocês sabiam que, segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Pró-Livro, o brasileiro lê quatro livros por ano? Vi essa pesquisa no Blog “A biblioteca de Raquel” na da Folha digital. Na matéria tem mais detalhes da pesquisa, se quiserem ler, o link é esse: (http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/03/28/o-brasileiro-esta-lendo-menos/). O número é impressionantemente pequeno. Apenas quatro?
A pesquisa quantificou algo que muitos já sabiam: o brasileiro não lê e quando lê é uma leitura ocasional.
Bom, ler é essencial, já sabemos. O que devemos fazer agora é reservar um momento em nosso dia-a-dia corrido e dedicar à leitura de alguma coisa. Pode ser qualquer coisa, mesmo.  Jornal, revista, livro, bula de remédio, tabela nutricional, essa postagem.... Boa leitura a todos!!!

Amanda Olveira