Lou Bloom é um jovem em busca de um emprego que sobrevive de roubos.
Durante um passeio noturno ele presencia a cena de um acidente. Observando a
cobertura cinematográfica do desastre, ele vê a oportunidade de fazer dinheiro
alimentando o mundo do jornalismo sensacionalista de Los Angeles.
Lou se torna um “Abutre”. Ao cair da noite ele sai com sua câmera à caça
de acidentes, incêndios, assassinatos entre outros. Cada tragédia que seu rádio
de policia anuncia ele sabe que tem a chance de fazer dinheiro. Com a ajuda de
Nina, editora de um telejornal Lou aprende que quanto mais sanguinário for o
seu material, mais ganhará com ele.
Lou alimentado por sua ganância vai deixando de ser um mero observador
de fatos e começa a contaminá-los e fazer parte deles. Já Nina, nos deixa
questionando se vale a pena tudo pela audiência. A história em
geral nos leva-nos a reflexão sobre o que estamos produzindo e consumindo por
meio da mídia.
O Diário Carioca foi
fundando no Rio de Janeiro em 17 de julho de 1928, por José Eduardo de Macedo
Soares. Foi um jornal de grande influência, e responsável pela modernização
técnica da Imprensa Brasileira.
Foi o jornal que incorporou
o lead americano nas matérias (mais próximo, no estilo, dos jornais ingleses da
época, com períodos um tanto mais longos), criou o copidesque, lançou o
primeiro manual de redação jornalística, usou a primeira página só para fazer
chamadas, tirou adjetivos, apelidos e etc. Mudou todo o "visual" do
jornalismo.
Além disso, foi primeiro a
circular no Distrito Federal, em 12 de setembro de 1959, com o nome de
DC-Brasília, sob a direção de Elias de Oliveira Júnior.
O Diário Carioca não
sobreviveu a Ditadura Militar, instalada em 1964. O jornal era um feroz
opositor do governo. Acabou sendo sufocado por falta de verbas publicitárias,
quadro causado pela influência do Governo Militar.
A jornalista e escritora Cecília
Costa criou um livro sobre o Diário Carioca, intitulado: "Diário Carioca,
o jornal que mudou a imprensa brasileira".
ROTA 66 é segundo Caco
Barcellos, a história da policia que mata. O livro começa narrando a
perseguição da ROTA- Rondas Ostensivas Tobias Aguiar, a três jovens que
dirigiam um fusca que para os policiais seria resultado de um roubo. A
perseguição resultou no assassinato dos jovens e, na investigação jornalística
que deu origem ao livro.
O objetivo de Caco ao
escrever este livro, era denunciar a ação de matadores oficiais contra os cidadãos
envolvidos em crimes na cidade, porém o resultado da investigação surpreendeu o
próprio Caco. Ele descobriu que os criminosos não representavam a maioria entre
as pessoas mortas pelos policiais militares de São Paulo. A maioria das pessoas
mortas pela PM era constituída pelo cidadão comum que nunca havia praticado um
crime.
Caco também conta um
pouco de sua trajetória como repórter. Rota 66 lhe rendeu o Prêmio Jabuti em
1993 e mais oito prêmios de direitos humanos.
O Última Hora foi um jornal carioca fundado em 12 de
junho de 1951, pelo jornalista Samuel Wainer. Era um jornal ousado e
revolucionário, com grandes fotos estampadas na primeira página.
Chegou a ter uma edição em São Paulo, além de uma edição
nacional que era complementada localmente em Porto Alegre, Belo Horizonte,
Recife, Niterói, Curitiba, Campinas, Santos, Bauru e no ABCD Paulista.
O jornal defendia o governo de Getúlio Vargas, e era
sustentando por esse governo. Alcançou cerca de 130 mil exemplares com um ano
de circulação. O primeiro número do jornal contou com um editorial na primeira
página escrito por Getúlio Vargas, que desejava sucesso ao Última Hora.
O Última Hora tinha bastante foco em assuntos de
interesse popular, como futebol e notícias policiais. Além das notícias
relacionadas ao Governo Vargas. O time de colunistas que fizeram parte do
Última Hora contava com personalidades ilustres, como Nelson Rodrigues, Agnaldo
Silva e Jô Soares.
O futebol foi tratado com grande destaque no Última Hora.
Considerado antes como um assunto para classes mais populares, no Última Hora
começou-se a valorizar essa área, tendo inclusive jornalistas específicos para
fazer a cobertura. O jornal cobriu os Mundiais de 1954, 1958, 1962, 1966 e 1970.
Em 1961, o jornal empregava aproximadamente 1.500
funcionários, com o importante fato de que foi pioneiro em oferecer melhores
salários aos jornalistas, na época eram os melhores salários da Imprensa
Brasileira.
E acima de tudo, o Última Hora era um jornal que oferecia liberdade
para que seus jornalistas pudessem escrever, o lado comercial dificilmente
interferia na linha editorial do jornal.
Chegou a ter uma tiragem de 350 mil exemplares. Tinha 10
edições diárias. Como Jorge Amado bem definiu, o Última Hora era uma arma do
povo.
Samuel Wainer escreveu um livro que conta todo o seu amor pelo Última
Hora, que foi muito bem intitulado: "Minha Razão de Viver", que já
foi indicado aqui no Universo Jornalístico. Ficou interessado? Dá uma olhada.
O Última Hora foi vendido em 1971 para a Empresa Folha da Manhã S/A.
O Pasquim foi um jornal que
representou - e como representou - a Imprensa Alternativa, que fazia oposição
ao Regime Militar. O símbolo do jornal foi o ratinho Sig (de Sigmund Freud),
desenhado por Jaguar, baseado na anedota da época que dizia que "se Deus
havia criado o sexo, Freud criou a sacanagem".
Criado em 1969, em uma época
de Ditadura Militar, O Pasquim surge para incomodar muita gente e encantar o
Brasil. Era um jornal muito bem humorado, e assim se tornou o grande jornal do
Brasil. Com uma tiragem inicial de 20 mil exemplares, o jornal rapidamente
atingiu mais de 200 mil em seu auge, se tornando um dos maiores fenômenos do
Brasil.
Os censores faziam vários
cortes até que o jornal fosse liberado para publicação. Mesmo assim, alguns números eram recolhidos
já nas bancas. Em novembro de 1970 a redação inteira do O Pasquim foi presa depois que o jornal publicou uma sátira do
célebre quadro de Dom Pedro às margens do Ipiranga.
Os militares esperavam que o
semanário saísse de circulação e seus leitores perdessem o interesse, mas
durante todo o período em que a equipe esteve encarcerada, O Pasquim foi
mantido, sobre a chefia de Millôr Fernandes, que escapou da prisão. O jornal
contou com a ajuda de ilustres nomes, como Chico Buarque e Antônio Callado, entre outros intelectuais cariocas. Os leitores notaram que o jornal estava
diferente, porém a prisão dos jornalistas não pode ser noticiada.
As prisões continuariam nos anos seguintes, e na década
de 1980 bancas que vendiam jornais alternativos como O Pasquim passaram a ser
alvo de atentados a bomba. O Pasquim chegou ao fim em 11 de novembro de 1991.
No carnaval de 1990, O Pasquim foi homenageado pela
Acadêmicos de Santa Cruz, com o enredo "Os Heróis da Resistência".
O Pasquim acabou ganhando um documentário produzido com
recursos do governo. "O Pasquim — A Subversão do Humor", foi lançado
em junho de 2004 e exibido pela TV Câmara.
Em abril de 2006 a Editora
Desiderata lançou O Pasquim - Antologia — 1969 - 1971, feito com matérias e
entrevistas das 150 primeiras edições do semanário. O livro foi um sucesso,
entrando para a lista de mais vendidos daquele ano e motivando o lançamento de
um segundo volume em 2007, desta vez cobrindo o material do período entre 1972
e 1973, bem como um terceiro em 2009, cobrindo os anos de 1973 e 1974.
O Pasquim mudou a forma de se fazer jornalismo no Brasil.
Como disse o próprio Jaguar, a imprensa tirou o paletó e a gravata.
O post de hoje não exatamente sobre
Jornalismo, porém trata de algo de extremamente ligado a ele. Vamos falar de
leitura. Todas as pessoas (ao menos a maioria) sabem como a leitura é
importante. Aliás, não tem como não saber, sempre tem alguém nos falando como
um livro é enriquecedor, nos ensina muitas coisas, exercita o cérebro, amplia o
vocabulário, entre outros. Nós aqui do
blog, inclusive, temos um professor no curso que sempre diz que, em qualquer
situação devemos ter um livro em mãos.
O jornalista deve ter o hábito de ler, caso
não tenha, é importante começar. Quando digo “ler”, não é ler somente livros.
Temos outra professora que diz que jornalista deve ler até bula de remédio! E
não poderia ser diferente. Neste trabalho, nunca saberemos exatamente o
deveremos fazer. Ou seja, se um aluno entra na faculdade de jornalismo porque
gosta de esporte, deverá se aplicar ao máximo e estudar cada detalhe sobre o
assunto para falar a seu público com verdadeiro conhecimento. Contudo, não pode
se iludir e achar que só vai tratar de esportes. Ele deve estar preparado, pois
de repente pode ser enviado para cobrir uma eleição, um acidente, um desfile de
moda... Enfim, ler é importante porque essa área é cheia de surpresas, e é bom
estar preparado para elas.
Quem não é habituado à leitura, pode sentir
um pouco de dificuldade no início. A leitura, na verdade, é um exercício. É
preciso treinar constantemente, até que ela se torne um costume, algo
totalmente inserido na rotina, na vida. Algo que faça parte de você. Ok, ok. Um
pouco exagerado, mas o que quero dizer é que a leitura é importantíssima e
merece um pouco de seu tempo.
Agora, só uma curiosidade. Vocês sabiam que,
segundo uma pesquisa realizada pelo Instituto Pró-Livro, o brasileiro lê quatro
livros por ano? Vi essa pesquisa no Blog “A biblioteca de Raquel” na da Folha
digital. Na matéria tem mais detalhes da pesquisa, se quiserem ler, o link é
esse:
(http://abibliotecaderaquel.blogfolha.uol.com.br/2012/03/28/o-brasileiro-esta-lendo-menos/).
O número é impressionantemente pequeno. Apenas quatro?
A pesquisa quantificou algo que muitos já
sabiam: o brasileiro não lê e quando lê é uma leitura ocasional.
Bom, ler é essencial, já sabemos. O que
devemos fazer agora é reservar um momento em nosso dia-a-dia corrido e dedicar
à leitura de alguma coisa. Pode ser qualquer coisa, mesmo. Jornal, revista, livro, bula de remédio,
tabela nutricional, essa postagem.... Boa leitura a todos!!!